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Intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado
“A Câmara Municipal de Coimbra considera que, pelas suas características históricas, patrimoniais, culturais e sociais, a nossa cidade, classificada há quase cinco anos como Património Mundial pela UNESCO, possui as melhores condições para apresentação de uma candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.
Entendemos, também, que a candidatura liderada por Coimbra deverá ter uma dimensão agregadora regional, uma vez que um projeto alargado e sustentado desta natureza beneficiará todo o território da Região e o País, ao mesmo tempo que, do ponto de vista externo, sairá valorizado pela ampliação da sua escala e pela junção dos inúmeros atrativos dos Municípios vizinhos.
Acresce que esta é já uma relação natural, concretizada pela centralidade e atratividade de Coimbra, nomeadamente, nos contextos culturais e turísticos da Comunidade Intermunicipal (CIM RC) e da Região Centro.
Aliás, em junho de 2017, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra deliberou, por unanimidade, apoiar formalmente a candidatura do Município de Coimbra e disponibilizou-se para participar ativamente no processo de elaboração desse projeto.
A Câmara Municipal entende, também, que tal candidatura apenas poderá resultar de um processo alargado e conjunto, partilhado entre o Município, outras instituições locais e regionais, agentes culturais e turísticos e a sociedade civil, pelo que estamos, simultaneamente, a recolher contributos e apoios de diversas naturezas, capazes de criar uma estratégia de ação inovadora, criadora de uma dinâmica artística e cultural única e que estimule a economia de toda a Região Centro. Assim, os outros municípios da Região Centro que queiram participar deste projeto são bem-vindos.
Nesta oportunidade, em que estamos aqui para apresentar publicamente a equipa responsável pela candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, quero agradecer a todos os membros da equipa e a cada um, individualmente, por terem aceite este enorme desafio, pela entrega, pela dedicação e pelo empenho com que o fizeram e com que vão desempenhar os trabalhos que agora se seguem.
Assim, quero, simultaneamente, apresentar, cumprimentar e agradecer a:
- Luís de Matos;
- António Pedro Pita;
- Cristina Robalo Cordeiro;
- Luís Filipe Menezes;
- Manuel Rocha;
- Nuno Freitas;
- Rui Rocha.
Com esta equipa, com o contexto cultural, social, histórico e patrimonial da nossa cidade, com todo o empenho da Câmara Municipal de Coimbra, com cada vez mais aliados deste projeto, esta só pode ser uma candidatura vencedora.
Há trabalho preparatório que começou há largos meses, com uma estratégia de envolvimento e um plano bem definido. Esta não será uma candidatura pessoal ou individual, não poderá nunca ceder a caprichos, nem poderá ser nunca uma candidatura eleitoralista ou populista. É uma candidatura que terá que unir e reunir toda a cidade em consensos alargados. É uma candidatura para Valorizar Coimbra, a Região e o País.
E se nos interessa ganhar o título para 2027, importa-nos igualmente o caminho que percorremos até lá, agregando e mobilizando energias, gentes e ideias, agitando a nossa cidade e a nossa região, aumentando a autoestima dos conimbricenses.
E importa-nos, da mesma forma, o 2028, isto é, o pós-Capital. E isto porque não pretendemos inscrever a Coimbra Capital Europeia da Cultura num movimento de eventos efémeros que pouco ou nada deixam de valor enraizado nos territórios. Importa-nos a sementeira e a colheita a benefício das nossas comunidades.
Por isso, em cada etapa desta caminhada há que perguntar, como já se fez antes nesta cidade, “E depois da festa?”.
Depois da festa, queremos que a Capital Europeia da Cultura fomente resultados visíveis e efeitos positivos para o futuro cultural de Coimbra, para a produção, a criação e a programação cultural, bem como para os públicos e os hábitos culturais da comunidade.
Minhas senhoras e meus senhores
Não quero terminar esta minha breve intervenção sem destacar a valiosa rede de equipamentos culturais que existe em Coimbra, bem como a qualidade dos agentes culturais da cidade e o caráter inovador e diferenciador do seu trabalho criativo.
Numa outra perspetiva, quero realçar, também, o amplo programa de regeneração urbana do coração da cidade que se pauta pela captação de pessoas e de investimento para o centro histórico e pela recuperação do património. E refiro-me a estes aspetos porque, se por um lado, eles são essenciais para o desenho da candidatura, por outro, abrem inúmeras possibilidades para este estimulante e envolvente desafio.
Vamos ao trabalho! Muito obrigado.”