De uma vasta riqueza patrimonial, a cidade está intimamente ligada à Universidade, às suas tradições académicas, às repúblicas, às vivências entre estudantes e futricas e ao fado, onde o erudito e o popular se reveem e misturam constituindo o seu património imaterial de excelência.
Aprazíveis são os seus parques e jardins, que embelezam a paisagem e convidam a momentos de contemplação enobrecendo a história e o património natural e edificado.
Coimbra foi também a cidade por onde passaram das mais emblemáticas figuras nacionais, levando o seu nome pelo mundo: S. Teotónio, primeiro santo português, fundador do Mosteiro de Santa Cruz, instituição marcante na afirmação da independência de Portugal e centro de intelectualidade excecional a nível nacional; Santo António; Rainha Santa Isabel; D. Pedro e D. Inês de Castro; Pedro Nunes; Damião de Góis; Padre António Vieira; Camões; Carolina Michaelis; Egas Moniz; Irmã Lúcia, entre muitas outras personalidades.
Ilustremente reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO, é ainda terra de encantos e de cultura, de vivências e de tradições, de lendas e história, de gastronomia e artesanato e de tantos outros recantos ainda por descobrir, que foram e são a essência desta mítica terra.
Desde a época romana que a produção cerâmica é feita na cidade. No século XVI, esta arte sofreu um grande desenvolvimento, com a introdução da técnica do vidrado, originando a faiança que ainda hoje é representativa da cidade. No centro da cidade podemos encontrar ainda a Fábrica de Cerâmica Antiga, onde é possível ver e apreciar a manufaturação da faiança conimbricense, bem como desfrutar de uma refeição no espaço dos antigos fornos.
Também ancestral é a arte da tecelagem, produzida na Freguesia de Almalaguês, de execução e trama únicas, comparáveis só à tapeçaria de Arraiolos, ainda hoje executada em teares autóctones.
Momento inesquecível é a descoberta da Barca Serrana que outrora fazia o trajeto entre o Porto da Raiva e a Figueira da Foz, transportando quer pessoas, quer mercadorias. Atualmente é possível não só relembrar um pouco desse trajeto, assim como fazer uma degustação de produtos endógenos a bordo.
Memorável também é o Fado de Coimbra, que nos dias de hoje se escuta nos locais mais icónicos e imprevisíveis da cidade. Estudantes e antigos estudantes mantêm vivo este cantar único em espaços como a Igreja de N. S. da Vitória (À Capella), Igreja de S. João Batista de Santa Cruz (Café Santa Cruz) ou simplesmente no Fado ao Centro, locais onde é também possível degustar doçaria conventual e/ou o tradicional Espumante da Bairrada.
No Seminário Maior de Coimbra, espaço único de arquitetura barroca italianizante na cidade, onde se desfruta da tranquilidade e da paisagem sobre as águas do rio Mondego e do Jardim Botânico, é possível fruir de uma estadia singular onde a história se encontra presente quer na sua biblioteca, na sua capela e seu órgão ibérico, quer nos seus espaços utilitários.