Coimbra Literária

Coimbra Literária

Coimbra foi, desde sempre, um ponto de passagem privilegiado das elites letradas  portuguesas, tendo sido responsável pela formação de várias gerações de escritores e outros intelectuais do mundo lusófono. Nos jardins e cafés da cidade, nas residências estudantis, dispersas em repúblicas e pensões da zona Alta, reuniam-se em tertúlias, discutindo questões que contribuíram para o enriquecimento do panorama literário nacional.

As suas vivências e lugares do quotidiano foram também transpostos para as suas obras e personagens, servindo de inspiração e pano de fundo às tramas literárias. Destacam-se entre outros, os escritores Antero de Quental, Eça de Queirós, António Nobre, João José Cochofel, José Régio, Miguel Torga e Manuel Alegre. Um dos movimentos literários, nascido em Coimbra, e que marcou a visão da literatura em Portugal na segunda metade do século XIX, foi a chamada Questão Coimbrã levado a cabo pela Geração de 70, um grupo de intelectuais que à data estudava na Universidade de Coimbra. O movimento importou para a literatura nacional a “ideia nova” europeia de Realismo e Naturalismo o que desagradou profundamente aos seus antecessores (muitos dos quais seus professores na Universidade) marcadamente ultraromânticos. O que esta nova geração apelidava de modernização da literatura, os conservadores chamavam de exibicionismo. O resultado foi uma célebre polémica literária, que marcou a rutura entre uma conceção comodista e conveniente da arte, dando origem a uma nova corrente artística mais independente e interventiva.

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