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A 5 de Junho partilhámos convosco o momento que marcou o início do caminho que, em 2027, levará Coimbra, o seu Distrito e a região centro do país ao título de Capital Europeia da Cultura.
Reiteramos a ideia de que neste projeto, de dimensão internacional, se celebra a cultura, na sua diversidade e riqueza, e se operam transformações estruturantes que garantem, de forma sustentada e indelével, a herança que permanecerá muito para além desse ano de celebração.
Ao apresentá-lo, nessa ocasião, comprometemo-nos a dar publicamente conta do desenrolar do nosso trabalho e das nossas reflexões, certos de ser este um procedimento desejável e correto, e na convicção de assim melhor podermos unir toda a cidade em torno de um objetivo comum, histórico e inadiável. Por isso aqui estamos hoje.
Dos 144 agentes culturais que mantêm relação direta com a Câmara Municipal de Coimbra, o Grupo de Trabalho ouviu e dialogou já com 49, apesar do escasso tempo de que dispôs entre o momento inicial da sua apresentação e o período de Verão. Prosseguiremos com esta metodologia, reunindo em breve com todos os que ainda não foram ouvidos. Começámos por promover reuniões individuais, pois nos pareceu importante conhecer o que sentem, pensam e sonham os agentes culturais da cidade, tendo recentemente optado por reuniões mais alargadas, quando os domínios temáticos assim o permitiam e justificavam. Ainda assim, 82% destas primeiras dezenas de reuniões tiveram uma dimensão individual.
Foi-nos grato verificar, por parte de todos, um enorme entusiasmo e disponibilidade para o trabalho em conjunto, bem como uma sólida e larga base de concordância no que toca ao que é importante fazer acontecer até 2026, a que se acrescenta uma grande coincidência de preocupações e de vontades.
Cada um dos agentes culturais foi, e os restantes sê-lo-ão também, convidado a integrar uma estrutura a que chamámos “Conselho Cultural Regional” que, na prática, constituirá o alicerce de um plano estratégico cultural da cidade, consubstanciado numa plataforma de reflexão, de ideias e de ações, na caminhada a desenvolver ao longo dos anos que nos separam de 2027.
O Grupo de Trabalho requereu igualmente reuniões com todos os partidos e movimentos de cidadãos com assento na Assembleia Municipal. Reuniu já com Partido da Terra, Coligação Democrática Unitária, Partido Socialista, Cidadãos por Coimbra, Somos Coimbra e Partido Popular Monárquico, estando em agendamento o encontro com o Partido Social Democrata e com o CDS Partido Popular. Em todos os encontros havidos até ao momento, nos congratulámos com o apoio, o entusiasmo e a absoluta disponibilidade para contribuir ativa e politicamente para o sucesso deste enorme desafio que coletivamente nos propomos vencer.
Ao nível institucional, foram também realizadas as primeiras sessões de trabalho, com o Dr. Pedro Machado, do Turismo Centro de Portugal, com a Dra. Celeste Amaro (da Direção regional de Cultura do Centro), com a Dra. Ana Abrunhosa, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro. Percebemos, nestes encontros, ter sido “Coimbra 2027” a primeira candidatura a solicitar estas instituições, cuja disponibilidade e entusiasmo muito estimamos.
O Grupo de Trabalho foi ainda recebido pelo Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, cuja condição de parceiro de “Coimbra Capital Europeia da Cultura 2027” foi posteriormente ratificada, por unanimidade, em sessão de Senado que teve lugar no passado dia 5 de setembro.
Dissemos desde a primeira hora que 2027 deveria ser um ponto de viragem. Uma oportunidade que não poderíamos perder. Por isso a reflexão que se impõe é de todos e, por isso também, esta candidatura deverá ser inclusiva, mobilizadora e apaixonada.
Porque todos são convidados a contribuir e, como então sugerimos, a trazer “mais cinco”, iniciaram os membros deste Grupo de Trabalho uma série de convites a peritos e personalidades locais, nacionais e internacionais, para a formação de um futuro “Conselho Consultivo”. Trata-se de um conjunto de pessoas que, como nós, acreditam que Coimbra deve ser Capital Europeia da Cultura em 2027 e se propõem contribuir com a sua visão, sabedoria, experiência e sensibilidade para que mereçamos esta distinção e possamos ser um exemplo, no universo de um dos mais ambiciosos e destacados projetos a nível Europeu, desde 1985, o das Capitais Europeias da Cultura.
O Conselho Consultivo continuará a crescer. Entre nomes por confirmar e muitos outros por convidar, será uma plataforma de debate de ideais, discussão de pontos de vista e de estratégias que, nas mais variadas áreas, contribuirá para a riqueza da proposta que sonhamos ganhadora.
O Dr. Nuno Freitas dar-vos-á a conhecer as personalidades que até este momento integram o Conselho Consultivo.
No período de que hoje aqui damos conta, tivemos igualmente oportunidade de visitar cidades que foram ou estão a ser Capital Europeia da Cultura. A Doutora Cristina Robalo-Cordeiro relatar-nos-á o essencial dessas visitas.
Ainda esta semana, o Grupo de Trabalho participou ao longo de 3 dias, na Polónia, num simpósio intitulado “Shaping a European Capital of Culture”. O Doutor Luís Menezes explicar-nos-á o que aí se discutiu.
Desde a primeira hora dissemos que esta candidatura não se deveria esgotar no que de essencial acontecerá em 2027, procurando, acima de tudo, motivação no que desejamos que a nossa região seja a partir de 2028. É por isso que entendemos que os próximos 8 anos são um período importante e decisivo na construção de uma capital cultural que se quer europeia, exemplar e inspiradora.
Continuamos a pedir a todos que contribuam, que partilhem e que sonhem connosco. No fundo, que tragam mais cinco!
O nosso trabalho prosseguirá e, no próximo dia 4 de janeiro, aqui estaremos novamente para dar conta de tudo o que tivermos feito até então e para vos apresentarmos detalhadamente um fórum internacional de discussão que terá lugar em Coimbra, em março de 2019.
Obrigado a todos!