Verd’O Parque (Ficha Técnica)

Verd’O Parque (Ficha Técnica)

LOCALIZAÇÃO

Parque Verde do Mondego (Margem esquerda), área envolvente ao Exploratório, localizado na União de freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, em Coimbra.

 

DESCRIÇÃO GERAL

A presente memória descritiva refere-se ao Projeto de Execução de Arquitetura da intervenção “Orçamento Participativo – Verd’O Parque”, para a área envolvente ao Exploratório, localizado na União de freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, em Coimbra.

A área envolvente ao Exploratório de Coimbra, em Santa Clara, será alvo de intervenção com vista à melhoria das acessibilidades, renovação de pavimentos e equipamentos.

 

 

Esta intervenção vem na sequência de uma proposta apresentada ao orçamento participativo de 2019 do Município de Coimbra e que obteve maior votação, cujas proponentes foram Sofia Isabel Chéu Reis; Rebeca Elvas; Filipa Ladeiras; Catarina Gonçalves.

A intervenção visa o espaço compreendido entre o Exploratório, as Piscinas do Mondego, e a margem do rio, assim como o espaço entre o Exploratório e a Av. Inês de Castro.

Tentou-se o mais possível respeitar o espírito das intervenções existentes no local.

 

PROJETO (Divisão de Estudos e Projetos proc. nº2020/300.40.002/26)

– Coordenação Geral: Ana Lúcia Canelas, arquiteta

– Coordenação do Projeto: Ana Lúcia Canelas, arquiteta

– Medições e Orçamento, PSS e PPGRCD: Bruno Quaresma, engenheiro civil

– Arquitetura: Ana Lúcia Canelas, arquiteta

– Estabilidade: Pedro Serralheiro, engenheiro civil

– Paisagismo: Joana Sobral, arquiteta paisagista; Bruno Quaresma, engenheiro civil

– Desenhos: Emília Araújo, desenhadora; Manuel António Serralheiro, desenhador

– Topografia: Sérgio Escada, topógrafo

– Estudo caracterização geológica – Alexandra Carvalho, Geóloga

 

DESCRIÇÃO GERAL DA INTERVENÇÃO

Área de intervenção:

38.750 m2

Pavimento permeável tipo Pavidren ou equivalente:              

1.855 m2

Pavimento em solocimento de saibro:              

72 m2

Pavimento em deck de composto de bamboo:              

60 m2

Percursos em betão (novos) / rampas:              

172 m2

Passadiço:              

160 ml

Degraus/ Bancadas em betão:             

165 m2

Degraus/ Bancadas em deck:

80 m2

Plantação de árvores              

40 un

Canal

110 ml

Charco

65 m2

 

MEMÓRIA DESCRITIVA

A área de intervenção situa-se em área verde de recreio e lazer, na margem esquerda do Mondego, lugar e freguesia Santa Clara (União das freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas) e insere-se do Parque Verde do Mondego – Margem esquerda.

Trata-se de uma operação urbanística promovida pelo Município de Coimbra em área abrangida por plano municipal de ordenamento do território, estando isenta de controlo prévio, conforme dispõe o artigo 7.º, n.º 1, alínea a) do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação.

A área de intervenção, localiza-se, de acordo com o PDM em vigor, em solo urbano/solo urbanizado, em área verde de recreio e lazer, na zona envolvente de enquadramento do Centro Histórico, inserido na Área de Reabilitação Urbana designada “Coimbra Santa Clara” e ainda em Áreas inundáveis em solo urbano, fazendo parte integralmente da Estrutura Ecológica Municipal.

 

DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO EXISTENTE

A área a intervir é constituída fundamentalmente por três áreas: os espaços de acesso ao Exploratório, o espaço de recreio que atualmente se encontra vedado e o bosque localizado entre o Exploratório e as Piscinas do Mondego.

Os espaços de acesso ao Exploratório encontram-se um pouco descaracterizados não existindo uma relação explicita entre os edifícios e os espaços envolventes: o acesso do parque de estacionamento aos edifícios é pouco claro, o acesso pedonal para quem vem do Parque Verde também não é claro tanto pela falta de sinalética como pelas características de todo o espaço.

 O espaço de recreio existente possui algumas barreiras que se pretendem eliminar: uma vala seguida de uma sebe e outras vedações, um desnível entre a cota de soleira do Exploratório e o espaço de recreio, possui pavimentos degradados (sobretudo as placas de pavimento amortecedor).

No bosque existem algumas árvores partidas e outras tombadas decorrentes dos temporais que existiram recentemente. Existem também alguns pavimentos com lajes levantadas devido ao crescimento das árvores.

 

OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO

Pretende-se com esta intervenção materializar as propostas descritas na proposta apresentada ao orçamento participativo de 2019.

A intervenção visa eliminar algumas barreiras físicas existentes e dotar a área de intervenção de pavimentos confortáveis à sua fruição (melhorando a sua acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada), colocação de sinalética, mobiliário urbano e equipamentos lúdicos que incentivem a explorar conhecimentos de ciência e a sua experimentação.

 

ÂMBITO DA INTERVENÇÃO

– Pavimentação de algumas áreas e percursos

– Faixas para redução de velocidade na via de acesso ao Parque verde

– Realização de degraus, bancadas e rampas

– Realização de um passadiço sobre-elevado com plataformas de contemplação

– Realização de um charco

– Realização de um canalete de água

– Realização de canteiros para hortas

– Realização de uma parede de observação de aves

– Realização de mesas de picnic

– Instalação de equipamentos lúdicos de exploração

– Instalação de sinalética interpretativa

– Instalação de Mobiliário Urbano

– Plantações

 

MATERIALIZAÇÃO DA PROPOSTA

Com o objetivo de melhorar as acessibilidades em toda a área de intervenção e de tornar o espaço confortável para o trânsito pedonal será realizada a pavimentação de algumas áreas e percursos da área de intervenção.

As propostas apresentadas assentam na introdução de elementos que se pretendem o mais possível, construídos e concebidos com recurso a materiais biodegradáveis e com processos de fabrico sustentáveis. Nas superfícies a pavimentar serão utilizados pavimentos permeáveis.

 

 

Zona 1 – Verd’O Parque

Esta zona, localizada junto ao acesso para o Parque Verde do Mondego, deve funcionar como antecâmara ao espaço do Exploratório incentivando à paragem e à exploração.

Propõe-se uma reorganização dos espaços que inclui a pavimentação de algumas áreas com a aplicação de pavimento permeável tipo Pavidren ou equivalente.

A delimitação em chapa do logotipo do Exploratório existente no pavimento deverá ser removida e posteriormente reaplicada. No interior do logotipo do Exploratório o pavimento deverá ser colorido (utilização de inertes com cor forte ou pigmentos de cor) também em pavimento drenante tipo Pavidren ou equivalente.

Prevê-se ainda a introdução de degraus bancadas em betão pré-fabricado que permitem vencer o desnível existente e que também poderão funcionar como bancos. Colocação de um corrimão em ferro pintado cor cinza forja escuro nos degraus existentes junto ao símbolo inserido no pavimento.

Recuperação e reinstalação de elementos lúdicos já existentes no Exploratório (Sólidos platónicos e da estrutura hemisférica do Exploratório – “Duomo”). O Duomo servirá de apoio aos espaços da cafetaria e/ ou livraria, sendo instaladas lonas coloridas nos triângulos superiores de forma a proporcionar sombra, para aí permitir o consumo de produtos da cafetaria de um modo mais informal (utilização de espreguiçadeiras ou pufs a dinamizar pelos concessionários da cafetaria) ou da dinamização de eventos (leituras de histórias ou outros pela livraria).

Criação de uma zona de abrandamento do tráfego automóvel através de introdução de bandas compostas por fiadas duplas de cubos de calcário perpendiculares à via ligeiramente sobrelevados.

Serão realizados dois percursos a estabelecer a ligação com o passeio da Av. Inês de Castro que será materializado recorrendo às lajetas de betão que irão ser removidas das zonas 2 e 3.

Será também introduzido um alinhamento de arvores junto á via, onde serão plantadas 6 novas árvores (Quercus robur) cuja caldeira também irá ser coberta por pavimento permeável tipo Pavidren ou equivalente.

Foi ainda previsto neste espaço a instalação de papeleiras e de pinos junto à via.

 

Zona 2 – Parque de ciência

No espaço exterior do Exploratório que atualmente se encontra vedado, pretende-se eliminar as barreiras físicas existentes de forma a permitir o livre acesso a este espaço e ampliar o espaço de exploração de ciência no exterior.

Para vencer o desnível entre a via central de acesso e o Parque de ciência serão criados degraus compostos por ripas de deck de composto de Bamboo tipo “X-treme da Moso” (nos cobertores) e chapas de ferro pintadas a cinza forja (nos espelhos), aplicados sobre estrutura metálica. Nestes degraus serão inseridos dois corrimãos laterais em ferro pintado cor cinza forja.

Alguns pavimentos serão reformulados sendo introduzido pavimento permeável tipo Pavidren ou equivalente e relva.

Propõe-se também suprimir as barreiras físicas existentes entre este espaço e o bosque, eliminando a vala e a sebe existente e permitindo expandir o espaço de exploração de ciência de forma a que possa ser usufruído por todos. As pedras irregulares que revestem a vala serão reutilizadas no perímetro do Charco a criar na zona 7 – Encharca-te.

Os equipamentos lúdicos de recreio existentes serão recuperados, sendo alguns reimplantados e outros substituídos por novos equipamentos.

Os prumos de vedação existente (colunas de betão) serão parcialmente demolidos de forma a expandir este espaço também lateralmente com a criação de um espaço verde e da colocação de novos equipamentos de exploração de ciência.

 

Zona 3 – Em cena

Neste espaço, onde atualmente se encontra a estrutura hemisférica do Exploratório – Duomo – que será transferida para a “Zona 1 – Verd’O parque”, para vencer a diferença de cotas existente com a via central de acesso do Exploratório, será realizado um pequeno anfiteatro de exterior que permitirá a realização de espetáculos de diversos tipos. Este anfiteatro será constituído por degraus /bancadas, semelhantes aos degraus que se irá realizar na zona 2 – Parque de ciência, mas mais espraiados. Degraus compostos por ripas de deck composto de bamboo tipo X-treme da Moso (nos cobertores) e chapas de ferro pintadas a cinza forja (nos espelhos), aplicados sobre estrutura metálica.

Será eliminada a guarda atual e será dada continuidade ao deck existente (com deck de composto de bamboo, tipo X-treme da Moso, ou equivalente), em plataforma suspensa sobre estrutura metálica. O pavimento á cota mais baixa será em pavimento permeável tipo Pavidren ou equivalente.

De forma a criar uma ligação mais imediata entre as diferentes cotas será realizado um percurso com degraus em betão. Será colocada uma guarda metálica apenas do lado voltado para a zona 4 – Cultiva-te.

Deverá proceder-se à remoção dos pavimentos existentes. As lajetas de betão e os bancos de betão existentes serão removidos e reinstalados noutros locais.

 

Zona 4 – Cultiva-te

hhhhhhh hhh

A atual horta será substituída por canteiros sobrelevados com diferentes alturas compostos por sulipas.

A escada existente será demolida e substituída por uma rampa que permita o acesso a pessoas com mobilidade condicionada entre as duas cotas do espaço exterior. A rampa será constituída por lajes de betão inclinadas e apoiadas sobre maciços de betão a realizar in situ.

 

Zona 5 – AVEr

Criação de um observatório de aves, com postos de observação, comedouros e informação científica disponibilizada.

Realização de uma parede de observação de aves com prumos de madeira tratada cravados em profundidade no solo e ripas de madeira tratada colocadas na horizontal com aberturas a diferentes alturas para visualização de aves.

Colocação de novos comedouros e bebedouros para aves na parte posterior da parede de observação de aves.

Instalação de painel informativo (informação científica a ser fornecida pelo Exploratório).

 

Zona 6 – Espiolhar o Parque

Nesta zona, constituída por parte do bosque existente entre o Exploratório e a Piscina, será construído um passadiço em madeira, sobrelevado entre as árvores existentes que permitirá aceder a uma cota superior junto da copa das árvores. Pretende-se que este seja um percurso acessível a todos, pelo que será composto tanto por rampas como por escadas. Terá ainda duas plataformas com bancos, como espaços de paragem, brincadeira e observação de aves que poderão estar acessíveis também a pessoas com mobilidade condicionada (Nota: O passadiço substitui a casa da árvore prevista no programa do Orçamento Participativo). Deverá ter estrutura em madeira cravada no solo a grande profundidade e pavimento e corrimãos em madeira tratada. Este passadiço irá fazer parte de um circuito de manutenção alternativo composto por um conjunto de desafios que apelem ao raciocínio e também à observação da natureza, e que se apoiam num conjunto de estruturas com estímulos interativos. Deverá ter estrutura em madeira cravada no solo a grande profundidade e pavimento e corrimãos em madeira tratada.

Os pavimentos existentes são para manter: percursos em lajes ranhuradas de betão pré-fabricado e outros em saibro estabilizado. Em alguns locais deverão ser reabilitados os pavimentos existentes. Noutros locais deverá dar-se continuidade aos percursos existentes com os mesmos materiais e soluções construtivas.

Para a implantação dos equipamentos lúdicos e sinalética, a adquirir em procedimento autónomo, deverá se prever a sua instalação (realização de fundações e fixação conforme especificações).

Serão plantadas novas árvores a substituir as que se encontram danificadas e que serão abatidas por esse motivo. As espécies existentes são para manter: Populus alba (choupo-branco); Populus nigra italica (choupo negro fastigado).

 

Zona 7 – Encharca-te

Criação e dinamização de um charco que irá funcionar como foco de atração de diversas espécies. Escavação e modelação de terreno de forma a criar uma depressão no terreno para acumulação de águas pluviais. Colocação de telas para impermeabilização da área. Demarcação da borda do charco com pedras provenientes da vala existente junto ao Exploratório que será eliminada também com vegetação. Colocação “á sorte” de algumas pedras de dimensões variadas no interior do charco. As margens do charco deverão ter uma inclinação suave e a sua área mais profunda terá no máximo 60 cms de profundidade.

Serão plantadas as seguintes espécies na margem do charco: Cp. Cyperus papyrus (papiro); Ea. Eriophorum angustifolium (linho silvestre); Ip. Iris pseudacorus (lírio amarelo dos pântanos), Je. Juncus effusus (junco); Nps. Nymphae ‘Pink Sensation’ (nenúfar).

Será também criado um canal de água serpenteante que irá servir de fronteira entre as zonas 2 e 6 (Parque de ciência e Espiolhar o parque) e pretende ser também ele um elemento lúdico. O canal será constituído por canaletes de betão pré-fabricados. Que serão cortados de modo a realizar o desenho curvilíneo pretendido. As juntas deverão ser impermeabilizadas de modo a produzir um canal estanque.

O canal irá passar sob um percurso existente no exploratório constituído por lajes de betão pré-fabricadas e terminar numa vala natural existente. Terá uma comporta junto ao charco de forma a permitir encaminhar a água para este espaço caso se mostre necessário. A bifurcação para alimentação do canal irá existir (de forma oculta) sob uma laje de betão em consola sobre o charco. Esta laje será colocada na continuidade de um percurso existente, com início no espaço do Exploratório (em lajetas de betão espaçadas que iremos prolongar).

A água terá origem num tanque de betão (2,00×2,00×0,50m) a criar no início do canal que irá conter uma bica de água (tubo de em aço inox com 30mm diâmetro) que será alimentada pela água do furo que atualmente se destina à vala artificial a eliminar do topo do Exploratório. Ao atingir determinado nível a água irá escorrer para o canal e do canal para o curso de água existente (ou para o charco)

Deverá também ser colocado um Painel informativo junto do charco com informação científica e apelo à preservação da biodiversidade.

 

Zona 8 – Com’aki

Criação de uma zona de piquenique através da instalação de uma mesa de grandes dimensões (mesa comunitária) com bancos corridos que irão envolver duas árvores existentes. A mesa e os bancos serão em madeira tratada (construídos em módulos e aparafusados no local).

Instalação de papeleiras.

 

CONCURSO PARA A REALIZAÇÃO DA OBRA

Processo N.º: 018-21-DIEP

Empresa adjudicatária: Irmãos Lopes & Cardoso, Lda.

Abertura Concurso: 15/09/2021

Prazo contratual: 240 dias

Tipo Concurso: Concurso Público

Contrato: 12/04/2022

Adjudicação: 05/03/2022

Consignação:

Valor da Adjudicação (c/ IVA): 472.982,82 €

Receção Provisória:

 

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