Memórias Urbanas – Co- financiado pelo programa Interreg III B SUDOESTE

Na ocasião do seu 8º centenário, os Arquivos Municipais de Toulousse propõem um projecto comum entre Toulousse e várias grandes cidades espanholas e portuguesas em redor da memória urbana das cidades.

 

Site Oficial do Projecto: http://memurbis.toulouse.fr/index_pt.php

 

No ano de 2004, o Município de Coimbra, a convite de Toulousse, candidatou-se ao projecto Memórias Urb ana s (co-financiado pelo programa europeu Interreg III B SUDOESTE) enquanto cidade parceira, tendo, nessa altura, o mesmo sido reprovado.

 

Em Setembro de 2006, a Câmara Municipal de Coimbra foi de novo convidada por aquele Município a integrar nova candidatura.

 

No passado dia 19 de Janeiro de 2007 fomos informados de que o projecto havia sido aprovado pela Comissão Europeia. Inicia-se, assim, mais um projecto que trará, com toda a certeza, enormes mais valias para o Município.

 

1. Porquê um projecto sobre ‘Memórias Urbanas’?

Na ocasião do seu 8º centenário, os Arquivos Municipais de Toulousse propõem um projecto comum entre Toulousse e várias grandes cidades espanholas e portuguesas em redor da memória urbana das cidades.

 

2. Objectivos do projecto

 

Este projecto terá como principais objectivos:

  • Criar relações entre pesquisadores e profissionais da urbanização do Sudoeste europeu;
  • Valorizar esse património urbano e histórico comum;
  • Compreender as evoluções dessas cidades do Sudoeste Europeu.

 

Com efeito, essas cidades, depois de terem conhecido uma primeira urbanização rom ana , passaram à dominação de grandes senhores e recuperaram, à custa deles, privilégios e liberdades. Viveram o mesmo tipo de urbanização entre os séculos XI e XIII: ao núcleo primitivo da antiga cidade fortificada, que continua a ser o centro político e religioso, vieram acrescentar-se povos periféricos.

 

Oito séculos mais tarde, e apesar de uma evolução urb ana às ve ze s muito diferente, o núcleo antigo permanece o coração histórico da cidade e torna-se um trunfo e um desafio turístico. Graças aos historiadores, historiadores de arte e arqueólogos, o conhecimento da sua constituição e da sua transformação fez grandes avanços. A contribuição das novas tecnologias vai permitir desenvolvê-la e sobretudo restituí-la aos cidadãos.

 

Este projecto entre Toulousse, Valência, Saragoça, Barcelona e Coimbra articular-se-à em redor de várias linhas de reflexão:

  • O que sabem hoje sobre esse 800 anos de desenvolvimento urbano?
  • Que rastos nos ficam?
  • Como e com qual material essa História se escreve no século XXI?
  • Quais instrumentos de conhecimento e de gestão do património urbano, as novas tecnologias nos permitem criar?

 

Este projecto terá como tema os estratos de memória constituídos na História dos homens que a ocuparam e lhe deram o seu sentido. Aos rastos visíveis conservados desde o século XIII nos arquivos municipais, lugares da memória por excelência, acrescentam-se cada dia testemunhas reveladas de espaços enterrados e esquecidos.

 

3. Quais os pontos fortes do projecto?

 

3.1 – Exposição-itinerante

 

Será concebida e realizada uma exposição comum a todos os parceiros que versará sobre o tema ‘Património urbano e novas tecnologias’.

 

Esta exposição debruçar-se-á sobre dois grandes tipos de espaço na cidade: o espaço colectivo (público) e o espaço individual (privado). Em cada um desses conjuntos, as principais funções de uso poderão ser ilustradas.

 

a) O espaço colectivo (a cidade , as fortificações, as ruas, as pontes e os quais, os esgotos e os aquedutos subterrâneos)

  • O espaço político: o espaço do poder (a casa comum, as marcas do poder); o espaço da memória (arquivos) e da comemoração (monumentos); o espaço imaginário (lendas funda dora s, mitos, a cidade sonhada)
  • O espaço económico (o espaço dos intercâmbios – praças e mercados -; o espaço da produção – manufacturas, oficinas municipais);
  • O espaço da assistência (hospitais, hospícios)
  • O espaço da espiritualidade (o espaço do culto – capelas, igrejas, conventos -; o espaço da morte – cemitérios, jazigos)
  • O espaço da cultura e dos la ze res (museus, bibliotecas, teatros, cinemas, piscinas, estádios)

 

b) O espaço individual

  • O espaço doméstico (a casa, o palácio, diferentes tipologias, estilos)
  • O espaço económico (o espaço do intercâmbio – lojas comerciais; o espaço da produção – oficinas)

 

Os documentos seleccionados (textos, imagens, objectos) permitirão valorizar as colecções patrimoniais públicas de cada cidade parceira e de mostrar o seu leque:

  • Manuscritos
  • Documentos gráficos (desenhos, ilustrações, estampas, quadros, mapas, postais, fotografias)
  • Documentos audiovisuais
  • Maquetas
  • Objectos

 

3.2 – Seminários/jornadas de estudos

 

Serão organizados quatro seminários técnicos de intercâmbio de experiências e conhecimentos sobre a evolução da história urb ana e os instrumentos de gestão do património (novas tecnologias). Cada parceiro organizará um seminário na sua cidade. São vários os temas possíveis:

  • Cidade e sociedade urb ana no século XIII
  • A arte na cidade no século XIII
  • A arte, a cidade e a memória
  • Urbanismo e património
  • Património urbano e novas tecnologias.

 

O projecto terá uma duração de 18 meses, sendo o seu terminus em Junho de 2008.

Resta-nos aguardar que este projecto traga frutos reais para a actividade da autarquia e que seja um verdadeiro êxito.

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