Sítios com potencial arqueológico

Os bens arqueológicos são um importante fio histórico de longa duração que inculca o respeito pela alteridade e pelas diferenças, promovendo o espírito humanista e a consciência democrática de um povo moderno.

A curiosidade pelo passado e pelas origens, a busca de referências que possam de algum modo identificar, selar e reafirmar a ligação entre as gentes e a paisagem transformada ao longo dos séculos, são uma busca permanente do ser humano.
A nossa responsabilidade, passa sobretudo por encontrar formas de gestão de salvaguarda desse legado histórico que chegou até nós.
 
A relocalização dos sítios arqueológicos e a sua inserção em suporte cartográfico, tem vindo a ser efetuada desde finais de 2003, tendo sido antecedida por um conjunto de tramitações que proporcionam uma maior eficácia na realização do levantamento e pesquisa de campo.
 
Uma das primeiras operações é uma pesquisa bibliográfica exaustiva. Neste caso, teve-se por base a publicação de “CORREIA, Vergílio, 1940. Notas de Arqueologia e Etnografia do Concelho de Coimbra. “Biblos”. Vol. XVI.”, que apresenta uma descrição exaustiva do património cultural e etnográfico do concelho, complementada com outras publicações, trabalhos académicos, relatórios dos trabalhos arqueológicos realizados por arqueólogos e consultas aos site do IGESPAR e DRCC.
 
O equipamento utilizado em campo foi no essencial efetuado em pareceria e com equipamento cedido pelo antigo IPA e actual IGESPAR, nomeadamente veículo e o GPS “Plus Garmin”, utilizando o sistema de projeção Europeu de 1952. Foram ainda utilizadas as cartas militares nºs 219, 229, 230, 240, 241, e 251, á escala 1:25.000 de 1947 e da Série M888 IGE de 2002, e cartas topográficas a escalas que variavam entre 1:1.000 a 1:5.000.
O critério adotado para atribuição do número de cada sítio, com exceção da malha urbana da cidade, baseou-se na atribuição de dois dígitos, que correspondem ao código nacional da freguesia, da área geográfica onde o sítio se localiza, seguido de mais dois dígitos que correspondem à latitude do sítio dentro da respetiva área geográfica, por ordem crescente no sentido Norte-Sul.
Sendo a carta em causa um documento de inventariação aberto, deverá ser atualizado sempre que se justificar e os sítios que surgirem de novo não seguirão o critério da latitude, mas uma sequência numérica dentro da área geográfica em que se inserem.
A tipologia dos vestígios encontrados, nomeadamente a sua antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade, frequência, extensão e o nível de preservação permitiram atribuir os diferentes graus de proteção, bem como definir a sua mancha de dispersão no terreno, conforme se assinalou no mapa anexo.
Os sítios que não foi possível ter acesso, quer porque os achados encontrados eram dispersos ou foram recolhidos, por uma questão de salvaguarda, ou mesmo, não estão visíveis, encontram-se assinalados apenas com a estrela, os que foram de todo impossíveis localizar, é acrescentado um * ao número, com essa mesma informação.
 
A carta com identificação do potencial arqueológico do concelho, é um documento aberto sujeito a atualização e tem como principal intuito o seu estudo, conhecimento, proteção e salvaguarda. É importante salientar que não se trata de uma carta arqueológica, mas de um instrumento de gestão do património arqueológico, conducente à realização da futura CARTA ARQUEOLÓGICA.
 
 

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