A cidade oferece uma feliz combinação de atrações que passam pelo património cultural e histórico, assim como por festivais, eventos, feiras e experiências naturais. Zamora é atravessada por um belo rio, o Douro, que corre em torno do seu centro histórico, situado num planalto rochoso e que durante muito tempo constituiu a fronteira do império mouro. A cidade congrega uma importante síntese de edifícios românicos, é rodeada por paisagens muito diversificadas e dispõe de uma gastronomia baseada em produtos regionais: vinho, queijo, carne de raças autóctones de gado bovino e ovino, lentilhas e grão-de-bico, legumes e cogumelos.
Zamora manteve uma escala humana, e caracteriza-se como uma cidade românica cuja tranquilidade pode ser apreciada num passeio pelos seus muitos edifícios históricos, os seus magníficos museus, as suas pequenas lojas, bares e restaurantes em praças de forte carácter arquitetónico.
Zamora dispõe de diversas instituições culturais, políticas e universitárias, nomeadamente o Museu Etnográfico de Castela e Leão, o Conselho Consultivo de Castela e Leão, a Fundação de cooperação transfronteiriça Rei Afonso Henriques e o Campus Universitário Viriato da Universidade de Salamanca.
A celebração em Coimbra dos 880 anos da conferência de Zamora, no dia 5 de outubro de 2023, proporcionou a oportunidade para a elaboração de um programa cultural pela Câmara Municipal de Coimbra que contou com a presença e participação do Ayuntamiento de Zamora. Este encontro teve, naturalmente, por base uma fundamental ligação histórica que une os dois municípios – Coimbra e Zamora – que se cristalizou na cimeira ocorrida em Zamora entre os dias 4 e 5 de outubro de 1143, na qual D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII de Leão e Castela celebram um acordo de paz duradouro, que culmina com o reconhecimento da independência do território português e de Afonso Henriques como o seu rei, por parte de Afonso VII de Leão e Castela.
Tendo em conta que Coimbra foi, desde 1131, a sede do poder régio e da corte, este reconhecimento de independência concede à urbe do Mondego, desde 1143, o estatuto de capital do reino. Essa decisão consolidar-se-á quando, em 1185, o Rei decide fazer-se sepultar no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, cuja construção patrocinara aquando da sua vinda para a cidade.
Considerando a importância da data de 5 de outubro de 1143 para a História de Portugal em geral, e para Coimbra em particular, a Câmara Municipal de Coimbra e o Ayuntamiento de Zamora celebram agora um novo Tratado que une os dois territórios e instituições num laço de geminação, assinado no Dia da Cidade, 4 de julho de 2024.
A geminação entre as duas cidades, unidas pela história, projeta esta relação no futuro, consolidando uma parceria que ambiciona desenvolver projetos comuns nas áreas da cultura, turismo, cooperação transfronteiriça, ambiente e sustentabilidade.
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