IDENTIFICAÇÃO
Obra: “Plano Municipal de Plantações – Rearborização de Caldeiras”
LOCALIZAÇÃO
Município de Coimbra
Distribuição da localização das caldeiras a intervencionar pelo Município de Coimbra
MEMÓRIA DESCRITIVA
ENQUADRAMENTO
O Plano Municipal de Plantações 2024/25 (PMP24/25) é, a par com o Inventário do Arvoredo Urbano, um instrumento de planeamento e gestão, que coordena e sintetiza as ações de plantação de árvores, em meio urbano, definindo a estratégia do Município no que refere ao reforço do arvoredo e, sobretudo, a planificação da plantação de árvores em Coimbra.
Este plano, cujo principal objetivo consistiu na reposição de árvores em caldeiras vazias no espaço urbano de Coimbra, em contexto de arruamento, apresentou-se como bianual por estar dependente de uma atitude mais profunda e especifica nas opções de engenharia a adotar e, por este facto, ter sido definido um horizonte temporal de médio prazo para a sua execução.
Será, portanto, um plano focado na qualidade da intervenção urbanística, cujo investimento é considerável face à necessidade de se retirar cepos antigos, refazer caldeiras (lancis, calçadas e outros pavimentos) e plantar novas árvores com dimensões adequadas a arruamentos.
Segundo os dados obtidos no cadastro do arvoredo urbano (referente ao perímetro urbano), concluído em março de 2022, foram contabilizadas 1094 caldeiras vazias em arruamentos, praças, pracetas e parques de estacionamento, das quais 1088 são em superfície calçada, pavê, cimento e asfalto.
Desse número, desde 2022 até à presente data, têm vindo a ser plantadas árvores neste contexto, assim como várias caldeiras foram eliminadas em contexto de obras, empreitadas e requalificações e, sobretudo, como por conflitos vários com o edificado e infraestruturas e outro tipo de incompatibilidades, nomeadamente relacionadas com questões de mobilidade e acessibilidades.
Da totalidade das 930 caldeiras vazias contabilizadas foi efetuada uma avaliação individualizada, visando obter a quantidade que caldeiras que são passiveis de manter a sua função original, sem colidir ou interferir com o edificado e todas as demais infraestruturas existentes no espaço urbano, garantindo dessa forma a viabilidade de colocação de um novo exemplar arbóreo.
Desta avaliação concluiu-se que há a necessidade de eliminar 292 caldeiras por conflitos vários com o edificado e infraestruturas e outro tipo de incompatibilidades, nomeadamente relacionadas com questões de mobilidade e acessibilidades.
Assim sendo, o número de caldeiras vazias a plantar é 638.
Foram estabelecidas 5 tipologias de intervenção de acordo com o estado, dimensão e posicionamento das caldeiras – caldeiras a eliminar (292), caldeiras aptas para plantação imediata (429), caldeiras a redimensionar (132), caldeiras a reposicionar (38) e caldeiras com cepos a destroçar (39).
TIPOLOGIA DE CALDEIRAS
Por forma a sistematizar as diversas caldeiras, e em articulação com as peças que acompanham este projeto, denominaram-se as referidas caldeiras da seguinte forma:
C0 – Caldeiras a Eliminar – Vermelho
C1 – Caldeiras a Redimensionar – Amarelo
C2 – Caldeiras a Reposicionar – Branco
C3 – Plantação Imediata – Verde
C4 – Cepo a destroçar – Roxo
Foi também contemplado toda a componente de Estaleiro, que deverá percorrer os diversos arruamentos a serem intervencionados, bem como o processo de rega após a plantação.
CALDEIRAS A ELIMINAR – C0
Considera-se 1,00×1,00m para a caldeira existente. Sucintamente os trabalhos previstos para a caldeira a eliminar são:
– Desmatação da caldeira;
– Levantamento e remoção do pavimento e lancis guia na envolvente da caldeia;
– Remoção da terra vegetal na caldeira e preenchimento com agregado britado;
– Assentamento de pavimento semelhante ao existente na caldeira a eliminar, utilizando parte do pavimento removido.
CALDEIRAS A REDIMENSIONAR – C1
Considera-se 1,00×1,00m para a caldeira existente e 2,00×2,00m para a caldeira redimensionada. Sucintamente os trabalhos previstos para a caldeira a redimensionar são:
– Desmatação da caldeira;
– Levantamento e remoção do pavimento e lancis guia na envolvente da caldeia, de tal forma a aumentar a caldeira;
– Escavação da caldeira;
– Assentamento de lancis a delimitar a nova caldeira;
– Espalhamento do solo de plantação composto na caldeira;
-Assentamento de pavimento semelhante ao existente na envolvente da caldeira a redimensionar, utilizando parte do pavimento removido.
CALDEIRAS A REPOSICIONAR – C2
Considera-se 1,00×1,00m para a caldeira existente e 2,00×2,00m para a caldeira reposicionar. Sucintamente os trabalhos previstos para a caldeira a redimensionar são:
– Desmatação da caldeira a eliminar;
– Levantamento e remoção do pavimento e lancis guia na envolvente da caldeira a eliminar;
– Remoção da terra vegetal na caldeira a eliminar e preenchimento com agregado britado;
– Assentamento de pavimento semelhante ao existente na caldeira a eliminar, utilizando parte do pavimento removido.
– Levantamento e remoção do pavimento na área da nova caldeia;
– Escavação da caldeira;
– Assentamento de lancis a delimitar a nova caldeira;
– Espalhamento do solo de plantação composto na caldeira;
-Assentamento de pavimento semelhante ao existente na envolvente da caldeira a reposicionar, utilizando parte do pavimento removido.
PLANTAÇÃO IMEDIADA – C3
Considera-se 1,20×1,20m para a caldeira onde é para efetuar a plantação imediata. Sucintamente os trabalhos previstos para a caldeira a redimensionar são:
– Desmatação da caldeira
– Escavação da caldeira;
– Espalhamento do solo de plantação composto na caldeira;
CEPO A DESTROÇAR – C4
Considera-se 1,00×1,00m para a caldeira existente e 2,00×2,00m para a caldeira redimensionada. Sucintamente os trabalhos previstos para a caldeira a redimensionar são:
– Remoção parcial de cepos de árvores existentes;
– Desmatação da caldeira;
– Levantamento e remoção do pavimento e lancis guia na envolvente da caldeia, de tal forma a aumentar a caldeira;
– Escavação da caldeira;
– Assentamento de lancis a delimitar a nova caldeira;
– Espalhamento do solo de plantação composto na caldeira;
-Assentamento de pavimento semelhante ao existente na envolvente da caldeira a redimensionar, utilizando parte do pavimento removido.
LANCIS
Utilizam-se lancis guia de betão prefabrica ou cubos de calcário grosso na delimitação das caldeiras.
SOLO DE PLANTAÇÃO
O solo de plantação para as covas deve ser composto por uma mistura de 2/3 de terra vegetal e 1/3 de composto maturado.
ÁRVORES
As árvores devem ser exemplares novos, fitopatologicamente sãos, bem conformados e vigorosos.
A estrutura principal da copa deve apresentar-se simétrica e equilibrada quanto ao número de ramos e à sua disposição à volta do eixo, com os ângulos de inserção correspondentes aos característicos de cada espécie. A copa deverá ter ramificação bem definida e com tamanho e volume proporcional à sua altura.
Dimensão das árvores (PAP – Perímetro à altura do peito)
Atendendo ao elevado número de árvores, entende-se que calibres mais baixos são menos exigentes em termos de adaptação ao terreno e sobrevivência nomeadamente nas necessidades hídricas.
Considera-se que deverão ser PAP 8/10 PAP 10/12.
SISTEMA DE TUTORAGEM
Como tutores devem usar-se varas de madeira. Sendo utilizada apenas uma vara nas árvores com PAP até 10 cm e duas estacas (unidos entre si com trave de madeira) nas árvores com PAP entre 10 e 14 cm.
ESTILHA DE MADEIRA
A maioria das caldeiras será coberta por uma camada uniforme de estilha de madeira, à exceção de algumas cadeiras que terão uma camada pavimento drenante, devido ao facto de o passeio ter dimensões reduzidas e a caldeira impedir a normal circulação de pessoas com mobilidade reduzida.
CEPO A DESTROÇAR
Os cepos a eliminar serão destroçados, através de meios mecânicos localizados, de forma a não haver estragos na envolvente, nomeadamente nos passeios, lancis, e limites das caldeiras.
PERÍODO DE PLANTAÇÕES
Não serão permitidas plantações nos meses de Junho, Julho e Agosto.
REGA E MANUTENÇÃO DAS PLANTAÇÕES
Dadas as condições climatéricas de calor extremo verificadas nos últimos anos (com alguns períodos de picos de calor), considera-se fundamental que a rega seja efetuada com a frequência obrigatória de uma vez por semana (nos meses de maio a setembro), de modo a garantir a sobrevivência das árvores.
Salienta-se que serão substituídas as árvores que não vingarem no período de vigência da manutenção.
A revisão do posicionamento/firmeza dos tutores e cintas deverá ser garantida, por forma a assegurar que a árvore se mantenha sempre na vertical. As caldeiras deverão apresentar condições adequadas nomeadamente limpas de plantas infestantes.
PROVENIENCIA DA ÁGUA
No caso da rega, o abastecimento das viaturas autotanques ou outras será feito em locais a indicar pela Câmara Municipal de Coimbra, nomeadamente água captada no Rio Mondego. Se for necessário recorrer à água da companhia, essa despesa será por conta do adjudicatário.
Estima-se que o consumo de água para a operação de rega das 638 árvores, por semana (considerando a necessidade de 20 litros por árvore), será de 12.760 litros. O que perfaz uma estimativa anual para os 5 meses de rega obrigatórios, um total de 280.720 litros anuais.
PROJECTO
Equipa Técnica
• Coordenador do Projeto
Arq José Martins
• Projeto
DP (Arq José Martins, Engº Bruno Quaresma e Engº Pedro Serralheiro)
DEVJ (Engº José Daniel Vilhena / Engª Andreia Almeida)
DIEP (Engª Ana Claro Silva)
• Medições e Orçamento, Mapa de Quantidades
Eng.º Bruno Quaresma
• Especificações Técnicas, PSS (projeto), e PPGRCD
Eng.º Bruno Quaresma
PERSPETIVA
Perspetiva esquemática
PROCEDIMENTO PARA A REALIZAÇÃO DA OBRA
Processo N.º: 010-24-DIEP (320) |
Processo MGD: 2024/300.10.001/24 |
Tipo Concurso: Concurso Público |
Prazo de Execução: 300 dias |
Preço Base (s/IVA): 396.225,00 € |
Empresa adjudicatária: AdvancedGreen – Engenharia Natural e Urbana, Lda. |
Abertura Concurso: 03/07/2024 |
Contrato: 27/11/2024 |
Adjudicação (s/ IVA): 356.370,50 € |
Consignação: 27/12/2024 |
Valor da Adjudicação (c/ IVA): 377.752,73 € |
Receção Provisória: |