O Casco Urbano, Alta e Baixa de Coimbra

O Casco Urbano, Alta e Baixa de Coimbra

Este casco urbano é constituído por duas zonas geograficamente contíguas, porém morfologicamente distintas: a Alta e a Baixa da cidade.

Uma das principais características de Coimbra é a riqueza do seu património cultural e construído. Apesar de o Centro Histórico se estender por quase toda a cidade, Coimbra possui um casco urbano na sua área central que tem edifícios que remontam ao século XII. Esta, sendo uma das suas principais riquezas, é também uma das principais dificuldades que se coloca quando se procede a intervenções de recuperação e requalificação urbana.

Este casco urbano é constituído por duas zonas geograficamente contíguas, porém morfologicamente distintas: a Alta e a Baixa da cidade.

 

 

1 A Alta

A cidade que é hoje Coimbra teve o seu primitivo núcleo de povoamento no cimo da colina da Alta. Este cabeço, com cerca de 160 metros de altitude, sobranceiro ao rio Mondego, para além das condições naturais de defesa que oferecia, era ponto de passagem quase obrigatório entre o Norte e o Sul.

Esta zona da cidade caracteriza-se pelo tra ç ado sinuoso de ruas estreitas, ligadas por uma teia de travessas e becos, certamente, uma herança da ocupação árabe. A antiga muralha marcou o traçado de algumas ruas, sendo a Torre de Almedina era a porta principal da cidade.

A Universidade domina a colina, a í coexistindo edifícios de épocas diferentes, como o Paço das Escolas (s é c. XVI) e os edifícios da Cidade Universit á ria dos anos 40, cuja arquitectura se assemelha à da Alemanha nazi ou à da Itália fascista.

Esta é, sem sombra de dúvida, a zona mais monumental da cidade, localizando-se ali alguns dos edifícios mais imponentes dos primórdios da cidade.

 

 

2 Baixa

A Baixa abrange, essencialmente, o arrabalde da Idade Média, isto é, a zona que ficava fora das muralhas, onde se aglomeravam o Povo, os comerciantes e os artesãos.

A Praça Velha era o centro de vida da cidade, e terá justamente começado por aí o desenvolvimento do arrabalde.

A toponímia da Baixa quase que bastaria para a caracterizar, mostrando como os vários mesteres ou ofícios se agrupavam nas mesmas ruas.

É também na baixa que encontramos um dos monumentos mais importantes de Coimbra, a Igreja de Santa Cruz – s é c.XII.

 

A Rua da Sofia

Em 1535-36 Frei Brás de Braga manda traçar urna artéria ao longo da qual foram construídos os novos colégios universitários, complemento natural da Universidade.

Com o triunfo do liberalismo e a consequente extinção das Ordens Religiosas, muitos destes colégios caíram nas mãos de particulares acelerando, deste modo, a sua degradação e destruição.

Esta rua, de invulgar largura para a época, mereceu o louvor e espanto de ilustres viajantes estrangeiros, sendo considerada á época (pelo menos) a maior de Portugal e seguramente urna das maiores da Europa.

 

A Rua Ferreira Borges

Actualmente, é uma das artérias principais da Baixa de Coimbra.

Faz a ligação entre o Largo da Portagem e a Rua Visconde da Luz, que por sua vez liga à Praça 8 de Maio, onde se encontram os Paços do Concelho.Como o seu traçado não sofreu grandes alterações, mantém ainda hoje diversas casas dos séculos XVII e XVIII.

 

Relatório Histórico-Artístico

 

 

3 Santa Clara

Santa Clara tem um encanto próprio, que advém tamb é m da possibilidade de pousar os olhos sobre o conjunto da cidade de Coimbra, na outra margem.

A paisagem, o recato rural e a proximidade de Coimbra fizeram com que aqui se tivessem erguido várias casas religiosas (conventos).

Esta zona, à medida de outras zonas da cidade, caracteriza-se por uma elevada monumentalidade, pelo que, além dos que acabei de referir, existem outros locais de relevo a apontar, como é o caso dos Paços da Rainha Santa Isabel e o Portugal dos Pequeninos.

Além dos conventos e igrejas, Santa Ciara é também caracterizada pelas inúmeras quintas senhoriais que aqui se estabeleceram. Hoje muitas abandonadas, fazem, contudo, parte da paisagem.

Mas a História e a lenda de Coimbra são também entretecidas de dramas e tragédias. A maior é a de Inês, passada nos campos mondeguinos da margem de Santa Clara. D. Pedro por ela se apaixonou e viveram os dois amantes nesta paisagem verde e tranquila, indiferentes ao escândalo que provocavam.

Todavia, motivos de ordem moral, religiosa e poíticos e receios de que esta paixão viesse a trazer malefícios ao pais, levaram D. Afonso IV a ordenar a sua morte.

Estes amores ficam para sempre ligados à Fonte das Lágrimas, na Quinta com o mesmo nome, Vale a pena contemplar e visitar a famosa e romântica Quinta das Lágrimas, para sempre ligada aos amores trágicos de D. Pedro e Inês de Castro.

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