Caminho Pedonal de Santa Clara – Calçada de Santa Isabel – Troço 1

Caminho Pedonal de Santa Clara – Calçada de Santa Isabel – Troço 1

LOCALIZAÇÃO

 

Calçada de Santa Isabel, localizada na União de freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, em Coimbra.

 

DESCRIÇÃO GERAL

 

 

 

A Calçada de Santa Isabel, em Santa Clara, encontra-se a ser alvo de intervenção com vista à melhoria das acessibilidades, renovação de pavimentos e reformulação de infraestruturas.
A presente intervenção faz parte de um projeto geral que foi já parcialmente executado. O projeto geral encontra-se inserido na ação “Caminhos Pedonais” incluída no “PEDU Coimbra” (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Coimbra) e denomina-se “Caminho pedonal de Santa Clara / Calçada de Santa Isabel”. O projeto geral visava todo o espaço da referida via, desde a cota mais elevada, Rua Mendes dos Remédios, até à cota mais baixa, Rua Carlos Alberto Pinho de Abreu (numa extensão de aproximadamente 480 metros).

 

A empreitada que teve início em 2019, decorreu com diversos problemas, implicando a suspensão dos trabalhos em março de 2022, por iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra. A intervenção levada a cabo incidiu sobre o troço 4 e sobre o troço 2, que não se encontra concluído.

 

A presente intervenção, visando essencialmente concluir os trabalhos previstos, mas não executados nessa empreitada, incidirá principalmente no troço 1 e contempla o espaço canal da Via e as Escadas Nossa Senhora da Esperança. Inclui ainda a conclusão do Largo do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (troço 2) e algumas intervenções pontuais no troço 4.

 

As obras do troço 3, não incluídas nesta empreitada, serão apenas realizadas após a intervenção de estabilização dos muros e da encosta do Convento de São Francisco.

 

PROJETO (Divisão de Estudos e Projetos proc. nº2022/300.40.002/11)

 

– Coordenação do Projeto: Ana Lúcia Canelas, arquiteta (CMC)
– Arquitetura: Ana Lúcia Canelas, arquiteta (CMC)
– Medições / Orçamento e Cond. Técnicas: Teresa Quinta, engenheira civil (CMC)
– PSS e PPGRCD: Pedro Serralheiro, engenheiro civil (CMC)
– Desenhos: Emília Araújo, desenhadora (CMC)
– Topografia: Célio Freitas, topógrafo (CMC)
– Projetos de IP, BT e Telec.: Paulo Rodrigues, engenheiro eletrotécnico (CMC)
– Projeto de Drenagens: Mário Almeida, engenheiro civil (AC)

 

DESCRIÇÃO GERAL DA INTERVENÇÃO

 

Área de intervenção (pavimentos): 2.248 m2
Pavimento em lajes de granito: 1.029 m2
Pavimento em seixo rolado: 914 m2
Pavimento em cubos de granito: 170 m2
Pavimento em calçadinha de vidraço: 244 m2
Degraus em granito: 28 ml
Guardas/corrimãos: 163 ml
Canal de drenagem: 185 ml
Plantação de árvores 1 un
Marcadores solares: 170 un
Papeleiras 6 un

 

ESTIMATIVA ORÇAMENTAL

 

Estimativa Orçamental: 631.050,00€ (mais iva)

 

MEMÓRIA DESCRITIVA

 

ÂMBITO DA INTERVENÇÃO

 

Os trabalhos previstos para as diferentes zonas de intervenção são os seguintes:

 

Calçada de Santa Isabel – (Troço 1)

 

– Repavimentação de toda a área (Remoção do pavimento betuminoso / Introdução de faixa de conforto para peões);
– Reabilitação e tratamento de muros e guardas existentes na área de intervenção;
– Iluminação pública da via e espaços adjacentes;
– Reordenamento do estacionamento ao longo da via;
– Reordenamento e renovação do mobiliário urbano;
– Reformulação das infraestruturas existentes

 

Escadas Nossa Senhora da Esperança

 

– Reabilitação dos muros e escadas de acesso ao Largo N. Sra. da Esperança
– Reformulação de pavimentos e muros
– Colocação de guardas e corrimãos
– Criação de pequena zona de estar

 

Largo do Mosteiro de Santa Clara a Nova

 

– Completar pavimentação;
– Introdução de guardas (muro do Mosteiro de Santa Clara a Nova);
– Concluir iluminação pública e cénica (de estátua Rainha Santa Isabel)

 

Outras intervenções de âmbito mais abrangente (excluem Área do troço 3)

 

– Colocação de sinalização;
– Colocação de equipamento e mobiliário urbano;
– Completar rede de rega;
– Completar Iluminação publica;
– Completar redes de infraestruturas.

 

PRINCÍPIOS GERAIS DA INTERVENÇÃO – MATERIAIS A APLICAR

 

CALÇADA DE SANTA ISABEL – Troço 1 – VIA

 

Perfil viário

 

No eixo viário será introduzida uma faixa de conforto para peões, encostada aos edifícios (do lado esquerdo da rua, no sentido ascendente) que constituirá também o passeio de acesso às habitações aí existentes. Todo o percurso pedonal é contínuo e livre de obstáculos, permitindo o acesso a pessoas com mobilidade condicionada, carrinhos de bebé e veículos de emergência. A faixa de conforto é desenhada de forma a permitir uma leitura imediata e lógica do percurso acessível, assim como para marcar afirmativamente o espaço do peão, resultando numa organização do trânsito e do estacionamento automóvel dado que a rua tem uma utilização mista.

Será invertida a pendente, no sentido transversal da via, com cerca de 2,5% de inclinação para o centro da via. O escoamento das águas far-se-á no eixo viário através de calha associada a canal de escoamento subterrâneo (Caleira/sumidouro em betão com rasgo superior contínuo e com coletor incorporado).

O pavimento rodoviário da rua será em calçada de seixo rolado, sendo removido o pavimento betuminoso existente e devendo, por questões ambientais, ser reutilizado o seixo remanescente retirado do pavimento de outros troços.

O espaço rodoviário será delimitado por um lado pela faixa de conforto e do outro por uma linha contínua constituída de seixo rolado com disposição em fiada que irá servir de fronteira com uma berma constituída também por calçada de seixo rolado (disposição à sorte). Junto às escadas Nossa Senhora da Esperança a berma mais alargada irá funcionar como bolsa de estacionamento

 

Faixa de conforto / Passeio pedonal

 

A faixa de conforto para peões constituirá também o passeio de acesso aos edifícios aí existentes (habitações na sua grande maioria). Esta faixa irá criar um percurso contínuo, coerente e legível e será realizada com lajetas de granito de menor dimensão (Lajetas de granito amarelo macieira de 60x15x10 igual ao existente nos troços já executados) dispostas em faixas de junta desencontrada.

As caixas de visita de infraestruturas que sejam colocadas neste espaço pedonal deverão ser retangulares.

Sempre que possível, os elementos de mobiliário urbano, como as papeleiras, os sinais de trânsito e as luminárias, devem ser colocadas nas fachadas dos edifícios, de forma a libertar esta faixa pedonal de obstáculos ao peão.

 

Passadeira sobrelevada

 

No início da Calçada de Santa Isabel (no entroncamento com Rua Mendes dos Remédios e Rua Rui Braga Carrington da Costa) será realizada uma pavimentação diferenciada a demarcar uma passadeira de peões através de lajes grandes de granito (Lajes de granito amarelo macieira 90x45x10).

Esta passadeira será sobrelevada à altura dos passeios laterais e antes dela existirá uma rampa galgável realizada em lajes do mesmo granito rampeadas e alongadas.

 

Linha de Luz

 

Será introduzida uma linha de luz demarcando o espaço pedonal, materializada através de marcadores solares de pavimento (Marcador de chão solar, tipo “SR-20 da Habidom” ou equivalente, de luz fixa) que armazenam energia solar durante o dia e emitem luz a partir do momento que o ambiente escurece (luz branca contínua). Os marcadores de chão são autónomos do ponto de vista energético, funcionam com leds de alta densidade, não necessitam de manutenção e são resistentes à água e à carga.

Serão posicionados com cerca de 3 metros de distância entre si, demarcando o limite do passeio/faixa de conforto. Deverá ser utilizado um modelo metálico com relevo sobre o pavimento, que funcione também como um elemento dissuasor do estacionamento abusivo de viaturas sobre o passeio pedonal.

No total serão cerca de 480 metros pontuados por luz branca fixa.

 

Sistema de drenagem de águas pluviais

 

Uma vez que o canal viário é estreito optou-se por inverter a estratégia de drenagem de águas pluviais para o centro da via. As valetas laterais são eliminadas e passa a existir um canal de escoamento central demarcado por uma calha associada a canal de escoamento subterrâneo (Caleira/sumidouro em betão com rasgo superior contínuo e com coletor incorporado). Deste modo, afasta-se o escoamento das águas pluviais dos edifícios e também da zona de percurso pedonal, conduzindo-as para o eixo da faixa rodoviária.

A calha central e as grelhas de escoamento não representam qualquer ressalto no piso, o pavimento deverá ser contínuo e as grelhas deverão ter frestas com menos de 2cm. O pavimento em seixo rolado remata diretamente no rasgo da calha de escoamento, materializado através de um par de cantoneiras distanciadas de 2cms entre elas e afixadas à caleira sumidouro em betão que não ficará visível no pavimento (ver pormenor do perfil tipo).

 

Muros

 

Nos muros a consolidar propõe-se a picagem de rebocos desagregados e argamassas cimentícias existentes, para posterior execução de reboco “pico fino” com argamassa compatível com a original, e posterior pintura (cor a definir). Sempre que se verifique a existência de vazios ou lacunas deverá proceder-se à sua colmatação com material pétreo idêntico ao existente.
Nos cunhais e outras zonas em pedra, deve-se remover as argamassas cimentícias, com lavagem e escovagem com escova de pelo macio e aplicar-se novas argamassas à base de cal para refechamento de juntas.

 

ESCADAS NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA

 

Muros e escadas de pedra existentes

 

Nos muros existentes propõe-se a picagem de rebocos desagregados e argamassas cimentícias existentes, para posterior execução de reboco “pico fino” com argamassa compatível com a original, e posterior pintura. Todos os elementos pétreos serão objeto de tratamento específico de limpeza e recuperação. Foi também prevista a substituição dos capeamentos não pétreos existentes nos muros, por capeamentos pétreos iguais aos existentes.

Os degraus existentes deverão ser recuperados, sempre que possível, sendo cortados os focinhos dos degraus e bujardada toda a superfície visível a pico grosso. Os degraus que se encontrem demasiado fragmentados deverão ser substituídos por outros de pedra idêntica.

 

Muro de betão e lanço novo de escadas

 

Os muros em betão (executados na intervenção anterior) deverão ter os topos capeados a granito e ser rebocados e pintados.

 

Os degraus serão em granito amarelo macieira granalhado e junto ao muro a prevê-se a colocação de um banco no mesmo granito.

De modo a aceder à cota de soleira do edifício de habitação existente, propõe-se a construção de um bloco de escadas com 3 degraus maciços em granito.

Pavimentos

 

Os patamares à cota inferior das escadas em pedra existentes serão executados em lajetas de pedra calcária existentes.

O pavimento da rampa e patamar de acesso ao novo lanço de escadas será em lajetas de granito amarelo macieira granalhado 80x50x10.

Existe ainda uma faixa com acabamento em seixo rolado.

 

Guardas e corrimãos

 

As guardas e corrimãos deverão ser executadas em barras de ferro de secção retangular de 50x10mm e prumos em varões de 10mm (quando existentes), pintados à cor cinza forja.

 

Plantações

 

Previu-se a plantação de uma árvore em nova caldeira delimitada por aro metálico.

 

LARGO DO MOSTEIRO DE SANTA CLARA-A-NOVA

 

Pavimentos

 

Neste espaço prevê-se a conclusão da pavimentação em falta em lajetas de granito amarelo macieira granalhado 60x15x10 iguais às existentes.

Guardas e corrimãos

Introdução de guarda-corpos (muro em frente ao Mosteiro de Santa Clara a Nova) em barras de ferro de secção retangular de 50x10mm.

 

OUTRAS INTERVENÇÕES DE ÂMBITO MAIS ABRANGENTE

 

Estacionamento e sinalização de trânsito

 

Pretende-se que a sinalização vertical seja discreta e adequada a meio urbano, pelo que, sempre que possível, será afixada nos edifícios de forma a não constituir mais obstáculos no espaço

 

Equipamentos/ mobiliário urbano

 

Para uma maior unidade e relação dos elementos presentes no espaço urbano, todo o mobiliário e equipamento urbano deverá ter acabamento cinza forja.

Foram já colocados, em intervenção anterior, os contentores enterrados (RSU e ecopontos) nos dois troços superiores da calçada. A partir do Mosteiro Santa Clara-a-Nova para baixo serão aplicados contentores exteriores de 110litros com suportes metálicos a construir (com acabamento cinza forja ou outro a definir).

Propõe-se que junto à Travessa de Santa Isabel sejam colocados 5 contentores de cores diferentes, e respetivos suportes metálicos, que funcionem como uma eco-ilha (indiferenciados 2unid. + Papel + Plásticos + Vidros).

Foram previstas papeleiras com cinzeiro na tampa (sempre que possível devem ser aplicadas nas fachadas dos edifícios).

 

Iluminação pública

 

O projeto de iluminação contempla, sempre que possível, o suporte das luminárias em consolas nos edifícios existentes. Deverão ser aplicadas lâmpadas com tecnologia led.

As luminárias propostas são de desenho contemporâneo, conforme definido no projeto de iluminação pública.

Decorrentes do enterramento das infraestruturas de abastecimento elétrico e de telecomunicações deverão ser eliminados os cabos e caixas existentes fachadas dos edifícios existentes na área de intervenção.

 

CONCURSO PARA A REALIZAÇÃO DA OBRA

 

Processo DEPM: 

005-22-DIEP

Empresa Adjudicatária: 

IRMÃOS LOPES & CARDOSO, LDA. – OLIVEIRA DO HOSPITAL

Abertura Concurso:

08/06/2022 (Despacho)

24/06/2022(DRE)

Prazo contratual: 330 dias

Tipo Concurso: Concurso Público        

Contrato: __/__/____                                     

Adjudicação: 30/09/2022 (Despacho)  

Consignação: 20/04/2023                             

Valor da Adjudicação (s/ IVA): 

630.021,82 €

Receção Provisória Final: __/__/____

 

 

 

 

 

 

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