Intervenção inicial da vereadora Ana Cortez Vaz | Reunião de Câmara, 22 de abril de 2025

 

Intervenção na íntegra:

 

“Hoje, dia 22 de abril inicia o 3º período. Seria um início de período exatamente igual a outros, mas não é para os cerca de 730 alunos e alunas, 130 professores e professoras e 35 funcionários e funcionárias da Escola Eugénio de Castro.

 

Finalmente a escola está em obras e por isso a comunidade escolar encontra-se, em parte, em monoblocos.

 

Agradecemos todo o apoio nesta logística à Direção, ao corpo docente, ao pessoal não docente, aos alunos e alunas e aos pais e encarregados de educação da Escola. Não podemos deixar de sublinhar e referir o trabalho e dedicação da Arq. Teresa Freitas, arquiteta responsável pelo projeto e ao Eng. Miguel Gonçalves, engenheiro responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra.

 

Um feliz 3º período a todos os alunos e alunas, professores e professoras e pessoal não docente!

 

No passado dia 3 de abril cumpriram-se 2 anos da efetivação da transferência de competências no domínio da Ação Social, do Governo Central para o Município de Coimbra.

 

Dois anos depois, fruto do trabalho em rede e da dedicação por parte dos técnicos do SAAS, os números falam por si. De 3 de abril de 2023 a 31 de dezembro de 2024 realizaram-se 29.529 atendimentos, e foram dados apoios no valor de 330.951,92€, dos quais 246.643,77€ em medicação. O Serviço de Emergência Social registou, neste mesmo período, 1709 atendimentos.

 

E por isso, a equipa do SAAS e a Divisão de Ação Social organizaram o 1º Encontro do SAAS de Coimbra – os desafios da intervenção social, que está a decorrer hoje. Este Encontro que tive a honra de fazer a sessão de abertura encheu a Sala Afonso Henriques, com cerca de 350 participantes, vindos de norte a sul do país. Temáticas como a integração de pessoas migrantes, saúde mental e intervenção com famílias em contexto de vulnerabilidade, bem como a partilha de boas práticas vão encher o dia.

 

Mas, nas questões sociais, de educação, de habitação, aliás, eu atrever-me-ia a dizer, em todas as questões, estamos a falar, a trabalhar para e com pessoas. E eu não posso por isso, num mundo de constantes fluxos e movimentos, de pressas e correrias, de ascensão de discursos e partidos extremistas, de críticas infundadas e de mal dizer constante, de não nos tratarmos uns aos outros enquanto pessoas, de citar o Papa Francisco, que partiu ontem, mas que tanto nos deixou, não só na forma como tratava e olhava o Outro, mas como nos encorajava e encorajará a fazer o mesmo – a tratar todas as pessoas como pessoas – todos, todos, todos, e deixou isso logo bem visível quando a sua 1ª viagem foi à Ilha de Lampedusa, dando visibilidade e rosto aos invisíveis, aos indesejados, aos rejeitados, às pessoas que desesperadamente atravessavam e ainda atravessam o Mediterrâneo em busca de melhores condições de vida. O Papa Francisco humanizou as pessoas, todas, e fez-nos olhar para os migrantes, para os refugiados, para os deficientes, para os homossexuais e transgéneros, para os reclusos e para as vítimas das guerras como pessoas, exatamente iguais a nós!

 

Fica-nos o legado do Humanismo e da compaixão, e o reconhecimento da falta que nos vai fazer a todos, todos, todos, com a certeza, porém, que os ensinamentos e reflexões ficarão para sempre.

 

“Somos nós que podemos e devemos acender luzes de justiça e de solidariedade, enquanto se adensam as sombras de um mundo fechado”.

 

“Apenas os que dialogam, podem construir pontes e vínculos”.

 

Continuemos, pois, a construir pontes!”

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