Intervenção na íntegra:
«A CMC, a IP e a MM continuam afincadamente empenhadas em acelerar o andamento das obras do SMM, sendo aliada à preocupação de minimizar a perturbação sobre a população e sua qualidade de vida.
É, contudo, inevitável fazerem-se obras no espaço publico e, em particular, de renovação das infraestruturas subterrâneas, com substituição de condutas de chegam a atingir os 1,5m de diâmetro e que podem justificar a abertura de valas com mais de 6m de profundidade, sem impor graves condicionamentos ao uso da via publica e em particular à normal circulação do transito e dos transportes públicos.
Um ponto extremamente critico da rede viária de Coimbra é o Largo da Portagem, onde confluem vias estruturantes quer viárias quer pedonais. Contudo aí também confluem quer a adutora quer o emissário das Águas do Centro Litoral que terão de atravessar o Largo da Portagem para ligação à frente ribeirinha e por sua vez prolongados até à ETAR do Choupal.
Tendo presente o impacto que representa para a mobilidade e acessibilidade local a Ponte de Sta. Clara e o Largo da Portagem optou-se por aproveitar esta época de verão e de pausa letiva para executar estas obras, de forma não condicionada, potenciando a sua execução de forma mais célere e otimizada.
Essa é a razão pela qual se irá interromper totalmente a circulação rodoviária na ponte de Santa Clara, já a partir desta próxima 4ª feira (24 de Julho), e que se manterá até ao final do mês de agosto. Com esta interrupção ao trânsito automóvel e transportes públicos, proporciona-se a execução das obras, de forma integral, com maior nível de segurança e de operacionalidade, evitando a execução por fases, que obrigam a uma programação dinâmica quer da frente de obra quer da circulação e que na prática se traduzem num prolongamento das obras no tempo.
Com esta interrupção integral, estão reunidas as condições para que a obra de construção da rotunda que irá interligar a Ponte de Santa Clara com a Av. Emídio Navarro seja concluída a tempo do início do novo ano letivo (13 de setembro). Naturalmente que terá de ser salvaguardada a indesejada interrupção dos trabalhos por conflito com eventuais achados arqueológicos ou outro tipo de imprevistos, contudo é expectável que os trabalhos decorram nos termos pré-programados.
Informo, ainda, que a circulação na Av. Emidio Navarro em ambos os sentidos (Norte-Sul e Sul-Norte) será sempre salvaguardada, prevendo-se 3 fases distintas de circulação: (1) até ao final de julho, a circulação deverá manter-se, em ambos os sentidos na faixa de rodagem adjacente ao Parque Manuel Braga, passando (2) numa 2ª fase, que durará todo o mês de agosto a processar-se já nas duas faixas de rodagem daquela avenida. Até ao final de agosto, serão executadas as infraestruturas subterrâneas e a meia rotunda que ladeia com a Ponte de Santa Clara. Por fim, (3) a 3ª fase que decorrerá na 1ª quinzena de setembro, permitirá concluir a execução da rotunda, a tempo do arranque do novo ano letivo.
Durante este período (24 de julho a 31 de agosto), os circuitos alternativos deverão processar-se, consoante a origem ou destino da viagem, através do Açude-Ponte, ou da Ponte Rainha Santa Isabel, para onde todos aqueles que usam regularmente a Ponte Santa Clara deverão redirecionar a sua rota. Mais uma vez recomenda-se a utilização de meios auxiliares de navegação, como o Waze e o Google Maps, onde os constrangimentos se encontram inseridos, podendo dessa forma seguir em cada momento, o melhor percurso, recomendado em tempo real.
Também os serviços dos SMTUC sofrerão alterações. As linhas 12, 13, 14, 14T, 17, 20, 21, 22F, 32, 18, 23, 31, 43, 47, 48 e 49 atualmente localizadas na Avenida Emídio Navarro serão relocalizadas na Avenida de Conímbriga. Para o efeito o estacionamento na Avenida de Conímbriga, contíguo ao Parque de Estacionamento da Praça das Cortes e parte do Estádio Universitário de Coimbra, será reservado para instalação dessas novas paragens. As restantes paragens dos SMTUC, manter-se-ão na Avenida Emídio Navarro.
Pedimos desculpa pelos transtornos e perturbação imposta ao quotidiano de cada um, mas a cidade está em transformação e em breve teremos uma cidade moderna e renovada!
Por fim, dar nota sobre o andamento do PP da Estação intermodal de Coimbra. Informo de que têm decorrido múltiplas reuniões de trabalho com a equipa responsável pelo desenvolvimento do plano, onde se incluem a IP, a BAU/Arq. Busquets e CEDRU, assim como com os responsáveis pelos estudos da especialidade: estudo de Tráfego, Ruído e Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). Em paralelo têm decorrido sessões de trabalho com a equipa da Profico, responsável pela elaboração do projeto de execução da frente ribeirinha, em coordenação com a BAU/Arq. Busquets.
Atualmente os estudos relativos à elaboração do mapa de ruido e da Avaliação Ambiental Estratégica, encontram-se em fase final de elaboração, tendo já sido rececionado para avaliação da CMC, o estudo de tráfego.
No passado dia 9 de julho decorreu a reunião de Conferência Procedimental com CCDRC e DRAPC, para discussão do Relatório de Fatores Críticos da AAE e os limites do Plano. Em setembro, estão previstas as reuniões com o ICNF e com a DRAPC de forma a discutir-se sectorialmente as questões do Plano.
Em termos de programação, a elaboração do PP sofreu um ligeiro atraso, prevendo-se que até final de outubro 2024 sejam aprovados pela CMC os vários estudos sectoriais. Até ao final de 2024, deverão ser apresentados e aprovados as restantes peças procedimentais, como o Regulamento, Programa de execução e Modelo de compensação.
Remete-se assim para o início do ano de 2025, a formalização da proposta do Plano, a correspondente Conferência Procedimental e a indispensável discussão pública formal, a tempo de concluir o processo, com Aprovação e correspondente publicação em DR antes do verão de 2025.
Até lá informo que que decorrerão mais dois momentos informais e não obrigatórios de apresentação e discussão do plano, um integrado na Semana Europeia da Mobilidade (SEM) a decorrer em setembro e um outro em novembro, e que contará com a presença do Sr. Arq. Busquets.
Este é um processo complexo e burocraticamente exigente, mas que com o apoio das diferentes entidades envolvidas e às quais aproveito para deixar um profundo agradecimento pela colaboração e empenho, levaremos a bom porto, a tempo da implementação do projeto da Alta Velocidade.»