Intervenção na íntegra:
«Coimbra mantém uma dinâmica que não posso deixar de assinalar, quer com questões que vão ser debatidas na reunião de hoje do executivo, quer com outras realizações. Assim, destaco a proposta de Estudo Prévio e de consulta pública para a requalificação da Rua Nicolau Chanterenne, melhorando as condições de circulação pedonal ao longo de todo o percurso e promovendo a reformulação das infraestruturas e do mobiliário urbano, requalificando o largo do busto de António José de Almeida e arborizando a rua no lado sul. Se aprovada, a proposta segue para consulta pública no prazo de 20 dias, depois de publicado o anúncio de abertura.
De assinalar de forma muito particular a proposta que aqui apresentamos para conhecimento do executivo de construção da primeira creche pública do concelho de Coimbra, no edifício municipal situado na Rua General Humberto Delgado, na Solum, onde funcionava o Jardim de Infância, que se encontra a laborar noutras instalações. Nesse sentido, a 28 de fevereiro, submetemos a candidatura aos fundos europeus do PRR, com o montante elegível de 336 mil euros, num investimento total estimado de 750 mil euros. O projeto desta resposta social creche no concelho contempla 84 vagas e prevê a contratação de cinco educadores/as e de 16 assistentes operacionais.
Verificando que a Associação Grupo Gatos Urbanos tem contribuído, de forma relevante, para o desenvolvimento e solidariedade social do concelho, “merecendo, por essa razão, todo o apoio e reconhecimento da comunidade municipal, uma vez que os fins que visa prosseguir são um aliado de valor imprescindível para toda a população, incluindo os animais”, propomos que a Associação Gatos Urbanos seja reconhecida como estando em “condições de ser declarada como instituição de utilidade pública”.
Propomos que o Executivo aprove a transferência de 468 mil euros para as entidades executoras, no ano de 2024, do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), de acordo com os protocolos estabelecidos. Esta transferência pretende dar resposta às necessidades de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social.
Apraz-me registar e agradecer a disponibilidade do Exército Português e da sua Brigada de Intervenção para receberem no Quartel General desta última parte do arquivo documental urbanístico do Município, visto que o local onde se encontrava, o tardoz da Casa Aninhas, foi demolido para dar origem a uma praça ampla, digna e funcional da paragem do MetroBus. Hoje iremos votar a adenda ao protocolo – datado de 19 de novembro de 2012 – entre o Município de Coimbra e o Exército Português/Brigada de Intervenção, que enquadra os termos desta transferência temporária.
É com enorme satisfação que registo o êxito da participação de Coimbra na BTL 2024 como município convidado, mais um importante impulso no desenvolvimento turístico de Coimbra e da sua região. Nunca a Câmara de Coimbra tinha feito tanto pelo Turismo em Coimbra. Todavia, para falar nesta temática, delego no nosso vice-presidente, ele que, com a sua, que é a nossa, equipa, é o responsável direto por este sucesso. O vídeo que foi desenvolvido para esta ocasião é extraordinário e cultiva o orgulho de sermos Coimbra!
Destaco os 10 novos veículos standard elétricos dos SMTUC, os Otokar, que entraram formalmente ao serviço no dia 1 de março, depois de, durante o mês de fevereiro, terem realizado um período de testes em contexto real. Estes 10 autocarros fazem parte de um conjunto de 22 autocarros elétricos adquiridos pela autarquia, através de uma candidatura dos SMTUC ao POSEUR, sendo que os 12 minibus já estão ao serviço desde o passado mês de janeiro. A operação de aquisição dos veículos representou um investimento total de 10,8 milhões euros (M€), tendo sido comparticipada em 7,8 M€ por fundos comunitários e os restantes 3 milhões foram assumidos pela CM de Coimbra.
Esta é a maior injeção de novos autocarros nos SMTUC desde há muitas dezenas de anos e já estamos a trabalhar para adquirir mais autocarros novos, cumprindo rigorosamente o plano de renovação da frota dos SMTUC que elaborámos. Atualmente já não há chapas por levantar, já há autocarros de reserva e já se faz manutenção preventiva. Quero agradecer ao anterior CA dos SMTUC, sem o trabalho do qual estes novos autocarros não teriam vindo, e ao atual CA dos SMTUC, que está a desenvolver um trabalho de grande qualidade e presença. Estamos no bom caminho. O objetivo da autarquia é, assim, prestar um serviço de qualidade e confiança aos munícipes e continuar a renovar a frota dos SMTUC com veículos com melhor desempenho ambiental e reduzir o impacto negativo das emissões de gases com efeito de estufa e de outros poluentes atmosféricos. Os atrasos que ainda se verificam no cumprimento dos horários decorrem das obras que estão a decorrer.
A inauguração do escritório da Accenture, já com 120 pessoas contratadas, é mais um sinal da nova postura aberta e da nova dinâmica de Coimbra, que permitiu também que duas dezenas de jovens que estavam a trabalhar em Braga e Lisboa regressassem a Coimbra. As expectativas da empresa são de continuar a crescer aceleradamente. Recordo que esta estratégia faz parte do nosso multifacetado plano Marshall para a Baixa de Coimbra. Só com a Airbus e a Accenture, já foram cerca de 250 postos de trabalho criados na Baixa, no edifício Arnado, e, repito, ambas as empresas continuam a contratar e a crescer em Coimbra. Este é o caminho do futuro e a melhor forma de reabilitação da Baixa.
A Bienal de Coimbra, AnoZero, está de volta, sob o tema genérico o “Fantasma da Liberdade”, espraiando-se pela cidade entre 6 de abril e 30 de junho, com obras de cerca de 40 artistas, que serão apresentadas em oito espaços. As escolhas dos curadores Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa refletem “as formulações de vários artistas” em reação a um mundo que sentimos em “turbulenta transformação”. Esta edição da Bienal “propõe-se explorar o imaginário da liberdade e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para o disputar, deslocar, habitar e provocar”. O núcleo central da Bienal concentra-se no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, espaço a que se juntam o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC – Sede e Sereia), a Sala da Cidade (Câmara Municipal de Coimbra), o Jardim Botânico, o Colégio das Artes e o Pátio das Escolas (Universidade de Coimbra), com uma intervenção também na estação de Coimbra-B.
Após o sucesso no ano passado, com a sua realização no Convento São Francisco, a Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea, uma iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra, em parceria com a Associação de Doceiros de Coimbra e a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, está de regresso ao mesmo local, cruzando a tradição com a contemporaneidade. Estão todos convidados para o próximo fim de semana de 9 e 10 de março. O evento assinala 13 anos com inovadoras propostas de programação, promovendo dinâmicas entre o património material e imaterial, através do incentivo à criação e ao diálogo com diversas formas de conhecimento e da arte de saber-fazer. No âmbito da programação artística, destaca-se o concerto inédito do artista Buba Espinho, que junta um grupo coral alentejano ao Coro das Mulheres da Fábrica, e a peça “Comer com os Olhos” de Giacomo Scalisi, com texto de Afonso Cruz, assim como o showcooking dinamizado pela artista Joana Barrios. Estarão presentes 47 doceiros nacionais e internacionais e a entrada é livre, excetuando-se os espetáculos no Grande Auditório e na Sala Conventual.
Finalmente, não posso deixar de assinalar, com total solidariedade, a passagem do 2º aniversário da criminosa invasão da Ucrânia por parte da Rússia. A Europa tem de continuar a apoiar a Ucrânia por todos os meios e lutar com o fascismo e imperialismo russo, um país que é o principal apoiante de todos os movimentos de extrema-direita europeus. Na Ucrânia decide-se o futuro da liberdade e da democracia na Europa e no mundo. Ucrânia livre, sempre!
Termino dando os parabéns à UC pelos seus 734 anos e apelando a todos e todas as munícipes para cumprirem o seu direito e dever de voto nas eleições legislativas do próximo fim de semana, para que tenham uma palavra a dizer e sejam corresponsáveis pelo futuro de Portugal.»