Intervenção inicial do presidente José Manuel Silva | Reunião de Câmara, 8 de maio

O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, começou a sua intervenção por falar em toda a operação que o Município de Coimbra está a preparar, em articulação com as forças de segurança e de Proteção Civil e com a Everything is New, para receber os concertos dos Coldplay no Estádio Cidade de Coimbra, no final da próxima semana. José Manuel Silva aproveitou ainda este período para destacar dois temas da ordem de trabalhos: a proposta de início do procedimento administrativo com vista à elaboração de um regulamento municipal, ao abrigo do Regime de Reconhecimento e Proteção de Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico e Cultural, que contemple a possibilidade de apoio financeiro às Repúblicas de Estudantes de Coimbra; e ainda o Manual de Boas Práticas e Notas Interpretativas do Departamento de Gestão Urbanística. O autarca destacou ainda o descontentamento de Coimbra com a localização do novo Tribunal Central Administrativo e Fiscal, em Castelo Branco, anunciando mesmo que “Coimbra vai mobilizar-se para lutar por mais investimento na área da Justiça”.

 

 

Intervenção na íntegra:

 

“Realizou-se hoje de manhã a conferência de imprensa sobre questões de segurança e de mobilidade relacionadas com os concertos dos Coldplay.

 

Todas as dúvidas e equívocos de interpretação foram esclarecidas, pelo que quero agradecer a presença dos jornalistas, para nos ajudarem a divulgar as informações mais pertinentes, e transmitir que qualquer informação adicional pode ser obtida no Portal da Câmara, em cm-coimbra.pt/coldplay.

 

Faço também um apelo a todas as pessoas que vierem aos concertos para que venham o mais cedo possível e que sigam todas as indicações que são dadas e que constam do Portal da Câmara, para evitar constrangimentos e atrasos. Aproveitem para visitar e conhecer Coimbra e para sentirem as nossas tradições académicas, incluindo, para os mais festivaleiros, as noites académicas do parque da canção.

 

Às pessoas que residem, trabalham e estudam no espaço envolvente, dizer que não terão limitações de circulação, mas que, por indispensáveis questões de segurança e controlo, devem munir-se de comprovativo dessa realidade.

 

Finalmente, um sincero agradecimento aos serviços, funcionários e dirigentes da Câmara e dos SMTUC, sem os quais toda esta complexa e exigente preparação seria impossível.

 

Em vez de se centrar na substância dos assuntos, a oposição socialista procura sempre os detalhes burocráticos para a sua forma de tentar fazer oposição. Por conseguinte, ultrapassados esses detalhes burocráticos artificialmente colocados, que assim deixam de servir de argumento para eventual justificação de sentidos de voto, volta a esta reunião do executivo, para ser submetido a votação, o plano de renovação da frota dos SMTUC, com uma resposta técnica dos serviços, resposta essa que descarta a necessidade de qualquer alteração ao plano que apresentámos, plano este que é essencial ser aprovado e que dá garantias concretas de melhoria da qualidade e fiabilidade do serviço prestado aos munícipes pelos SMTUC.

 

Repito que uma das nossas maiores preocupações neste nosso mandato é a melhoria do serviço prestado pelos SMTUC aos munícipes, uma tarefa muito exigente e difícil, devido à elevada degradação e insuficiência da frota dos SMTUC quando tomámos posse em Outubro de 2021, situação agravada porque o anterior executivo socialista não teve a capacidade política de sequer elaborar, quanto mais cumprir, um qualquer plano de renovação e modernização da frota dos SMTUC, não tendo sequer tido a ambição de aproveitar todo o financiamento disponível do POSEUR para a compra de um número superior de autocarros elétricos, o que traduz um elevado nível de incompetência.

 

Informo que continuamos a aguardar uma resposta da Sra Ministra da Presidência, Dra Mariana Vieira da Silva, ao pedido de reunião sobre a reposição da carreira de agente único.

 

Vem também a esta reunião da Câmara, o que me apraz registar, uma iniciativa que nunca tinha sido desenvolvida pela Câmara de Coimbra, a proposta de início do procedimento administrativo com vista à elaboração de um regulamento municipal, ao abrigo do Regime de Reconhecimento e Proteção de Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico e Cultural, que contemple a possibilidade de apoio financeiro às Repúblicas de Estudantes de Coimbra, reconhecidas como Entidades de Interesse Histórico e Cultural e que realmente alberguem apenas estudantes do ensino superior, tendo em vista a comparticipação pelo Município até 10% do valor total da aquisição dos imóveis onde as mesmas se encontram instaladas.

 

Porque é mais um dos exemplos significativos da diferença de andamento e de qualidade da Câmara atual relativamente aos executivos socialistas, sublinho a submissão a esta reunião do executivo, para votação, porque é o executivo que define o planeamento do concelho, do Manual de Boas Práticas e Notas Interpretativas do Departamento de Gestão Urbanística, que quero agradecer à vereadora Ana Bastos e a toda a equipa de dirigentes e técnicos deste Departamento.

 

Quero salientar um dos parágrafos da justificação técnica para a elaboração deste Manual de Boas Práticas: “A necessidade de se proceder à uniformização de procedimentos e conceitos resultou do facto de se ter verificado que não estava a haver um entendimento consonante entre os serviços técnicos da CMC, na interpretação e aplicação de procedimentos e diversos conceitos técnicos, tendo-se identificado operações urbanísticas idênticas, entretanto viabilizadas, assentes em entendimentos diferenciados do mesmo conceito”.

 

Não vou fazer quaisquer especulações sobre o passado, nem vou perguntar quais eram os critérios, mas não posso deixar de questionar como era possível que, no urbanismo da Câmara de Coimbra, houvesse decisões contraditórias, tomadas consoante opiniões pessoais e circunstâncias particulares.

 

A aprovação deste Manual de Boas Práticas é essencial para tornar totalmente transparentes as decisões da Câmara no âmbito das sensíveis matérias do urbanismo e para, sabendo agora todos os promotores exatamente com o que contam, permitir que os processos sejam instruídos de forma correta desde o início, acelerando a sua tramitação até à definitiva conclusão.

 

Mudando um pouco de temática. Depois de termos forçado uma reunião com a Sra. Ministra da Justiça, com uma atitude proativa, e de termos anunciado que Coimbra se iria mobilizar, fomos surpreendidos e ficámos chocados com o rápido anúncio por parte do Governo da intenção de instalação de um novo Tribunal Central Administrativo e Fiscal em Castelo Branco.

 

O Governo socialista tem prejudicado Coimbra repetida e insistentemente na área da Justiça, perante o silêncio cúmplice, que nunca deixaremos que seja esquecido, dos socialistas de Coimbra.

 

Porém, desta vez, o Governo está equivocado, Coimbra vai mobilizar-se para lutar por mais investimento na área da Justiça e não mais irá deixar-se enganar por meras e requentadas promessas. Estamos revoltados.

 

Depois de considerar que Coimbra não tem dignidade para receber o Tribunal Constitucional e/ou o Supremo Tribunal Administrativo, agora o mesmo Governo socialista considera que Coimbra não tem dignidade para receber o novo TCA-C? Não continuaremos a aceitar passivamente estas sucessivas desconsiderações por parte deste Governo PS. E onde vai o Governo encontrar 16 juízes desembargadores para instalar o novo TCA em Castelo Branco?

 

Basta, Coimbra não vai esquecer estas repetidas desconsiderações socialistas e vai mobilizar-se para lutar por tudo aquilo a que consideramos ter direito, com uma visão justa e equilibrada de gestão do país.

 

Termino recordando e assinalando uma importante efeméride, os 50 anos do Hospital dos Covões, que, também devido às deliberações de sucessivos Governos socialistas, se completaram, sem brilho e sem parabéns, como bem sinalizou um órgão de comunicação social, no passado dia 26 de Abril. Quero convidar publicamente o Sr. Ministro da Saúde para connosco visitar proximamente este Hospital e desafiá-lo a trazer alguma prenda para o mesmo. As bodas de ouro do Hospital dos Covões, mas sobretudo o SNS e os Doentes, merecem essa consideração.”

 

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