Intervenção na íntegra:
ANA BASTOS
“Considerando as novas necessidades, que surgiram na sequência da empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) no interior dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e por inerência, a supressão de um elevado número de lugares de estacionamento nessa zona, bem como ao eventual alargamento do Sistema ECOVIA a novos interessados, a Câmara Municipal de Coimbra, por proposta do Conselho de Administração dos SMTUC, deliberou (Deliberação nº 988/2023, de 9 de janeiro) aprovar a reativação do parque de estacionamento da Rua do Padrão, integrado no Sistema ECOVIA, com a designação Estação de Coimbra-B.
Este parque, atualmente controlado por parcómetros, situa-se na rua do Padrão, sob o viaduto do IC2, nas imediações da Estação de Coimbra-B, e junto à paragem criada no âmbito da alteração das condições de acesso ao Sistema ECOVIA, aprovado pela Câmara Municipal em 28 de novembro de 2022, produzindo efeitos a 1 de janeiro de 2023.
A falta de recursos humanos e a necessidade de instalação do sistema de controlo, com recurso a prestador externo impediram a entrada em funcionamento ainda em fevereiro.
Concluídos os trabalhos, o novo parque, deverá abrir no dia 3 de abril, o qual abrirá todos os dias úteis, no período entre as 6h45 e as 19h15. À semelhança dos restantes parques da Casa do Sal, afetos ao Sistema ECOVIA, durante o mês de agosto não se justifica manter o seu funcionamento, pelo que deverá manter-se de acesso livre.
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Os SMTUC continuam a submeter candidaturas ao Apoio ao Setor dos Transportes Públicos de Passageiros com vista à mitigação dos efeitos da escalada de preços do combustível, operacionalizado e suportado pelo Fundo Ambiental.
Em 29 de dezembro de 2022, os SMTUC submeteram a candidatura à 4ª fase do programa, tendo sido submetidos um total de 109 veículos elegíveis dentro das categorias abrangidas pelo Despacho n.º 3329-A/2022, de 18 de março de 2022.
No passado dia 14 de março de 2023 os SMTUC viram a sua candidatura aprovada recebendo o valor de 133.560,00 EUR, correspondentes ao apoio de 106 veículos elegíveis com o valor unitário conferido a cada veículo de 1260 EUR.
Permanece pendente o recebimento ou não do apoio a 2 veículos cujo processo permanece em “Análise de Pronúncia”.
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Entraram em funcionamento na passada 4ª feira, os 6 autocarros “Standard”, seminovos com matrículas de novembro de 2021 (EURO VI), de Categoria I, com lotação de 80 lugares, o quais se irão manter ao serviço dos SMTUC pelo prazo de 5 meses.
O objectivo deste contrato é apoiar e reforçar a frota dos SMTUC, de forma a melhorar a qualidade e fiabilidade do serviço oferecido, ao mesmo tempo que se aposta na redução do consumo de combustíveis e das emissões ambientais no espaço urbano.
O aluguer foi materializado com a Guimabus, a única empresa que concorreu ao concurso público lançado pelos SMTUC.
O contrato que custa aos SMTUC o valor global de 149 629 euros, equivale a cerca de 5 mil euros/mês/autocarro, ou seja 166 euros por dia, valor muito ajustado para os SMTUC, particularmente se tivermos em conta que:
– inclui a manutenção dos veículos, tendo a empresa adjudicatária disponibilizado um 7 veiculo para substituição, em caso de avaria de um destes 6 veículos. Refira-se ainda que, por se tratar de veículos seminovos e ainda estão em fase de garantia;
– inclui a caracterização dos autocarros em vinil de acordo com a normas definidas nos SMTUC.
– por se tratar de viaturas seminovas, permite poupar no consumo de combustível;
– a disponibilização imediata das viaturas.
O prazo dos 5 meses foi estabelecido para fazer face a uma necessidade imediata, enquanto se aguarda pelo fornecimento de 10 veículos elétricos standart, no âmbito do Lote 1 do concurso publico financiados pelo programa POSEUR e cuja entrega está prevista para o próximo mês de setembro.
Consoante decorra a execução desse contrato, ou caso se venha a revelar necessário, face ao estado degradado da frota, os SMTUC terão de avaliar o eventual lançamento de um novo procedimento.
Apesar das dificuldades, os SMTUC continuam empenhados em oferecer um serviço de qualidade, pelo que dentro das grandes limitações financeiras que atravessa, procurará honrar os compromissos estabelecidos no plano de renovação da frota.
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Finalmente uma breve nota para dar conta que no âmbito da empreitada “SMM– Troço Aeminium | Hospital Pediátrico” e “Remodelação das Redes de Drenagem de Águas Residuais” da Linha do Hospital, consignada pelas IP e Águas de Coimbra à CIMONTUBO, SA, de forma a minimizar a perturbação no funcionamento da cidade, a referida empreitada integra o escalonamento encadeado em 17 zonas, faseadas, espacial e temporalmente.
Nesta fase da empreitada, irá proceder-se a um novo condicionamento temporário de circulação na via pública, na R. Dr. Afonso Romão (circular interna), Hospital Pediátrico e R. Camilo Pessanha, para execução do canal técnico e das infraestruturas das águas de Coimbra, durante um prazo de 208 dias.
Na R. Dr. Afonso Romão o condicionamento irá iniciar-se nos próximos dias e será limitado a 7 dias de trabalhos. Consiste na supressão do passeio e da via direita do anel da rotunda da R. Afonso Romão junto da entrada Norte dos CHUC (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), integrante na faixa de rodagem descendente (direção St. Antonio dos Olivais – Casa do Sal).
Após essa intervenção os trabalhos passam para dentro do complexo do Hospital Pediátrico descendo o talude até ao edifício das consultas externas.
Na R. Camilo Pessanha, irá proceder-se à supressão da baia existente e estreitamento da via direita descendente, junto à ACREDITAR e a supressão da via de entrada no recinto hospitalar, que condicionará, em 2 subfases, a circulação rodoviária e pedonal na referidas ruas e dentro do recinto hospitalar, durante o período de execução dos trabalhos.
O acesso ao heliporto e a circulação no interior do hospital serão sempre asseguradas, com uma faixa de rodagem disponível para circulação.
Mais uma vez apela-se à compreensão de todos mas também ao cuidado redobrado na condução, já que estas obras são indispensáveis para preparar a cidade para as próximas décadas, seja na renovação/ampliação das infraestruturas subterrâneas (obras evitadas à décadas, mas inevitáveis) e à implementação do novo sistema de transportes públicos.”