Intervenção na íntegra:
“O programa eleitoral que apresentámos para Coimbra, que tem vindo a ser progressivamente cumprido, desenvolve-se essencial em torno da aplicação a Coimbra de uma nova visão estratégica para o desenvolvimento sustentável de Coimbra, que visa transformar progressivamente o nosso concelho numa primeira escolha para os investidores e empresários criadores de emprego, tirando partido dos nossos excelentes sistemas de saúde e ensino e da formação anual de milhares de novos talentos, bem como da nossa centralidade geográfica, cosmopolitismo e de uma renovada capacidade de atração de pessoas para estudar, trabalhar e viver, neste extraordinário concelho com uma elevada qualidade de vida global.
Para nós, o ano de 2022 foi o ano zero, o ano de conhecimento e reestruturação da Câmara Municipal, feito em tempo recorde, um passo essencial para preparar a Câmara para os desafios do presente e do futuro e para resolver os problemas estruturais do concelho de Coimbra. Foi um ano em que muitas coisas começaram já a acontecer, tal como apresentámos em relatório a 18 de Outubro do ano transato, quando completámos o primeiro ano de mandato, e que está disponível online. Todos aqueles que consultam este relatório, que descreve factos realizados e não meras intenções, ficam surpreendidos como fizemos tanto em tão pouco tempo e em circunstâncias particularmente adversas.
Algumas das nossas intervenções e deliberações não produzem resultados imediatos, como muito pouco coisa nesta vida tem resultados imediatos. Todavia, como todos aqueles que nos visitam podem confirmar, podemos dizer que a transformação de Coimbra já está em curso. Uma das mudanças é de transcendente importância, passámos de uma Câmara que não recebia empresários, para uma Câmara que os recebe em simultâneo com a Universidade, o Instituto Politécnico, o Inopol, o IPN, o IEFP, o AICEP. Estamos a fazer a diferença, para bem de Coimbra.
A notícia que hoje me orgulho de dar, porque também ela vai contribuir para transformar e revivificar Coimbra, no caso presente com um impacto especial na sua margem esquerda, que também o merece, é que, depois de em julho de 2016 ter sido lançado o primeiro concurso do REVIVE, referente ao Convento de São Paulo, em Elvas, vai hoje ser colocado na plataforma do REVIVE o concurso do nosso Mosteiro de Santa Clara a Nova, um majestoso monumento nacional que há tantos anos ansiava por um projeto de recuperação!
Este é o resultado de alguns meses de laborioso e empenhado trabalho da Câmara de Coimbra, em conjunto com os parceiros do Governo, nomeadamente o Turismo de Portugal, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e o Ministério da Defesa, que foram inexcedíveis na procura das melhores soluções e a quem quero publicamente agradecer.
Trabalhámos também com a Confraria da Rainha Santa e assegurámos uma valorização da pontuação no caderno de encargos do concurso para a melhor compatibilização do Revive com a continuação da utilização do imóvel no âmbito da Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, uma relação que irá beneficiar ambas as partes.
Recordo que, no geral, o período de concessão destes imóveis históricos do Estado pode ir até 50 anos e, no final, podem ser prorrogados ou, se o Governo à data assim o entender, fazê-los regressar à mão do Estado. O concessionário assume a obrigação e o encargo de reabilitação, restauração, preservação e conservação.
Sabemos que há vários potenciais interessados, pelo que contamos que este concurso seja um êxito e que, dentro de poucos anos, Coimbra possa dispor de mais uma unidade hoteleira de cinco estrelas, de características únicas e grandiosas e com uma paisagem deslumbrante, o que permitirá um excelente reforço da marca Coimbra, dar um forte impulso ao turismo e alavancar a economia da região.
O Antigo mosteiro feminino de Clarissas, de fundação seiscentista, construído ao longo dos séculos XVII e XVIII, em substituição do antigo mosteiro medieval de Santa Clara-a-Velha, vítima das inundações periódicas do rio Mondego, vai ganhar uma nova vida e embelezar o lindíssimo postal ilustrado da nossa margem esquerda.
Será mais uma marca transformadora do nosso trabalho em Coimbra.
Quero aproveitar para recordar que a Câmara Municipal de Coimbra, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, que aqui saúdo, vai celebrar o Dia Internacional da Proteção Civil, na próxima quarta-feira, 01 de março, com um programa de atividades que inclui exposições de veículos e equipamentos, demonstração de meios, sessões de esclarecimento, ações de sensibilização, uma ação de Suporte Básico de Vida e um exercício de matérias perigosas. A iniciativa tem início às 9h30 no Parque Verde do Mondego e vai decorrer ao longo de todo o dia em vários locais do concelho. Enfatizo a profundida do lema da comemoração: todos somos proteção civil.
Mudando agora para um tema mais doce, após três anos sem possibilidade de realização (motivada pela pandemia), a XII Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra está de volta, num formato e programação renovados e inovadores que cruzam a tradição com a contemporaneidade e que procura a internacionalização.
No fim de semana de 04 e 05 de março, a XII edição do evento marca presença no Convento São Francisco (CSF) e na Capela da Ordem Terceira, promovendo as dinâmicas entre o património imaterial e o material, bem como o diálogo com diversas formas de arte, conhecimento e entretenimento, conta com a participação de 37 expositores doceiros, assinalando-se a presença de um expositor internacional, de Santiago de Compostela, cidade geminada com Coimbra.
Esta iniciativa da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, em parceria com a Associação de Doceiros de Coimbra (ADOC) e com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC), vai estar de portas abertas no sábado, das 14h00 às 22h00, e no domingo, das 10h00 às 19h00, com entrada livre. É um evento imperdível.
Finalmente, queria salientar a importância para Coimbra da aprovação da Taxa Turística na última Assembleia Municipal, assim como do novo documento referente à Estratégia Local de Habitação, que vai permitir que Coimbra invista até 60 milhões de euros de verbas do PRR no primeiro Direito, assinalando-se o investimento de cerca de 45 milhões de euros (ME) na construção de 268 fogos de habitação social na Quinta das Bicas, situado na zona de Santa Eufémia, em Taveiro.
Por último, é com grande emoção e sentido de solidariedade que leio a carta de agradecimento recebida no Município envia pela Associação dos Ucranianos em Portugal e em nome de comunidade ucraniana a residir em Coimbra e arredores.”