Intervenção inicial da vereadora Ana Cortez Vaz | Reunião de Câmara, 13 de fevereiro

Ana Cortez Vaz recordou que decorreu em Coimbra, no Convento São Francisco, nos dias 10 e 11 de fevereiro, o aquecimento do Festival Política, um evento inclusivo e para todos, que trouxe a Coimbra nomes como Dino d’Santiago, Tiago Pereira ou Hugo van der Ding para debater os temas da cidadania, inclusão e direitos humanos. A vereadora falou, também, do projeto Mil Pássaros, dirigido pela Companhia de Música Teatral e destinado ao ensino pré-escolar. Um projeto que “visa sensibilizar para a importância dos cuidados na infância, para a importância da arte na infância e para as questões ambientais cuja finalidade é a chamada ‘emergência climática’ e a ‘emergência empática’, que correspondem a uma mesma necessidade de cuidar”.

 

Intervenção na íntegra:

 

“Na sexta-feira e no sábado passados, realizou-se o ‘warm up’ do Festival Política. Sexta-feira, durante cerca de 2h e meia, alunos do ensino secundário e do ensino profissional, utentes do Hospital Sobral Cid e população que se quis juntar, interagiram com o cantor Dino de Santiago e comigo, numa conversa que versou a temática “A música pode derrubar muros?”. Numa conversa que se quis dinâmica, com a participação ativa do público foi referida a importância de que todos são atores políticos e que a intervenção de cada um é essencial em democracia. Todos têm voz! Através do grande chapéu que é o conceito inclusão foram abordados temas como o racismo, a exclusão social, a liberdade de expressão – que em nada tem a ver com os discursos de ódio que hoje assistimos sobretudo nas redes sociais, e de que forma a arte, sobretudo a música, pode funcionar como um quebrar de barreiras, um derrubar de muros. De facto, numa sociedade com tantos muros, aprendamos a construir pontes.

 

No sábado de manhã, aconteceu uma oficina para crianças entre os 6 e os 12 anos, intitulada como “Somos Natureza”, na qual, as crianças foram desafiadas a refletir sobre a relação Homem – Natureza e o impacto das ações antrópicas no ecossistema. Esta iniciativa, incluída também no Festival Política foi promovida pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

 

No sábado, decorreu a sessão “A música cigana a gostar dela própria”, que contou com a visualização do documentário “Música invisível”, do realizador Tiago Pereira. Após a visualização do documentário, um grupo de jovens e adultos de etnia cigana, moradores sobretudo no Planalto do Ingote, juntaram-se para dar voz à sua cultura, que é também, e importa referir, a cultura portuguesa. Foi um momento de verdadeira inclusão, dado que para muitos destes artistas e público que esteve presente, foi a primeira vez que estiveram num espetáculo cultural, no Convento São Francisco – de facto, a música pode mesmo derrubar muros. Importa referir que este grupo de jovens e adultos se juntou, por estreita colaboração entre diversas entidades – Festival Política, Projeto Trampolim, Associação Juvenil Código Atómico, Associação Social, Recreativa e Cultural Cigana de Coimbra, UF Eiras e São Paulo de Frades e a Câmara Municipal de Coimbra – através das Divisões de Ação Social, de Habitação Social, de Educação, do Convento São Francisco, da Cultura e Gabinete de Igualdade e Inclusão. 

 

À noite, decorreu o evento “A grande mentira”, com Hugo Van Der Ding, no qual o humorista, através de uma abordagem pela História, fez alusão ao tema inclusão, sobretudo em matéria racial.

 

De realçar que todos estes eventos do Festival Política foram totalmente acessíveis – num edifício com acessibilidade e com interpretação de língua gestual portuguesa.

 

Realizou-se também no passado sábado, o encontro Arte-Ambiente – Mil Pássaros em Coimbra no Convento de São Francisco, apresentado pela Companhia de Música Teatral, onde estiveram presentes 25 docentes e não docentes do ensino pré-escolar da rede pública do Município de Coimbra.

 

Este projeto irá realizar-se no biénio 2022/2023 e integra a constelação artístico-educativa Mil Pássaros pela Companhia de Música Teatral, dirigido ao ensino pré-escolar e visa sensibilizar para a importância dos cuidados na infância, para a importância da arte na infância e para as questões ambientais cuja finalidade é a chamada “emergência climática” e a “emergência empática”, que correspondem a uma mesma necessidade de cuidar.

 

O encontro teve como finalidade a apresentação do projeto e as atividades que vão ter lugar nos Jardins de Infância do Município de Coimbra, em que se vai chamar a atenção para os que nos rodeia e a importância que damos a tudo o que vemos nunca esquecendo as questões climáticas através de um Origami.

 

Para além da apresentação do projeto os participantes tiveram contato com a criação de um Origami, bem como a meditação (escuta) do canto dos pássaros, sempre numa vertente teatral, e em que o foco é estarmos sempre atentos ao que vimos, ouvimos e vemos e a relação que tudo isto tem na preservação do meio ambiente e a relação deste com as questões climáticas”.

 

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