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Originalmente propriedade da família Sá Pessoa, somente no século XIX, com a intervenção da família Melo Freire de Bulhões, é que o espaço ganhou o espírito romântico que hoje impera.
Cantado por poetas e, durante quase um século, sítio privilegiado de tertúlias de famosos intelectuais, este local ainda hoje conserva um valioso património.
A entrada é feita através de um sumptuoso portão, onde ainda se pode ver o brasão da família Sá Pessoa, seguindo-se o jardim e uma alameda de plátanos, com a Fonte da Primavera, datada do século XVII. De destacar também o conjunto de estátuas representando a Ásia, a Fortaleza e o filósofo grego Diógenes.
A propriedade foi adquirida, em 1979, pela Guarda Fiscal, que procedeu a uma grande empreitada de recuperação do espaço, uma vez que à data este se encontrava num estado avançado de degradação.
Para além do património arquitetónico, o espaço merece visita também pelo enquadramento arbóreo, pelos jardins e plantas, pela exuberante vegetação ribeirinha que ladeia as margens do rio e pela excecional vista sobre a cidade, onde tudo se conjuga harmoniosamente, num toque bucólico que traz à mente a nostalgia de outros tempos, plenos de romantismo e beleza.