Casa da Cidadania da Língua

A Casa da Cidadania da Língua, conhecida como Casa do Arco, situa-se na rua Doutor João Jacinto. Hoje é um espaço de reflexão e de ação para a construção de um futuro mais promissor para Portugal, Brasil e outros países de língua portuguesa e assume um papel central no debate e na produção de um novo pensamento crítico, com a finalidade de enfrentar os desafios que se apresentam para estas regiões.

 

A Casa da Cidadania da Língua é um espaço sem fronteiras, descolonizado e inovador, que promove a cooperação e a troca de ideias entre Portugal, Brasil e outros países de língua portuguesa, bem como entre diferentes regiões do mundo. Este é, também, um espaço de defesa da democracia e dos valores universais, promovendo o diálogo intercultural e a troca de experiências entre Portugal, Brasil e os restantes países de língua portuguesa e outras regiões do mundo. O objetivo é contribuir para a construção de uma nova arquitetura social global que valorize a democracia, a diversidade cultural, a igualdade e a justiça social.

 

Na senda de outros protocolos com outras associações para a utilização de espaços municipais culturais, o Executivo Municipal aprovou, na reunião de Câmara de dia 2 de outubro, um protocolo com a APBRA-Associação Portugal Brasil 200 anos, apontando um caminho de co-curadoria para a Casa da Escrita. O protocolo com a APBRA pretende tornar o espaço municipal o epicentro do debate sobre a cidadania da língua e de promoção da cooperação interativa e de troca de ideias e culturas entre Portugal, Brasil e outros países de língua portuguesa. Com uma vasta equipa de curadores, a Casa da Cidadania da Língua, inaugurada no dia 12 de outubro, é “uma casa aberta a todos”.

 

A programação pode ser acompanhada aqui.

 

A Casa da Cidadania da Língua foi adquirida, em 1883, aos Viscondes do Espinhal pelo bisavô de João José Cochofel e, posteriormente, adquirida e requalificada pela Câmara Municipal e transformada na Casa da Escrita, em 2013, dedicada à promoção da escrita e à divulgação do livro e da leitura, em estreita articulação com outras áreas da cultura.

 

João José Cochofel integrou e fomentou a primeira geração de escritores do neorrealismo coimbrão. Foi um ilustre poeta, ensaísta, crítico literário e musical e figura incontornável do neorrealismo português. O seu nome está profundamente ligado à renovação da cultura portuguesa no que ela significa de empenhamento social e político, de militância cívica e afirmação ideológica, de busca de uma identidade coletiva.

 

Assim, em meados do século XX, a Casa da Cidadania da Língua foi, também, palco de tertúlias, onde se reuniam intelectuais, pensadores e artistas como: Joaquim Namorado, Fernando Namora, Paulo Quintela, Afonso Duarte, Miguel Torga, Carlos de Oliveira, Álvaro Feijó, Vitorino Nemésio, Fernando Lopes Graça, Michael Giacometti, José Gomes Ferreira, Mário Dionísio, Arquimedes da Silva Santos, Eduardo Lourenço, Mário Soares e Maria Barroso, apenas para citar alguns – todos eles, com a sua irreverência, contribuíram para transformar a sociedade amordaçada daquele tempo.

 

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