Originalmente era executada em linho, mas hoje em dia a utilização do algodão está mais vulgarizada. As colchas estão entre as peças mais ricas desta forma de artesanato, mas os tapetes e os atoalhados, são outros exemplos de uma arte que se caracteriza pela minúcia, apenas capaz de ser produzida com o saber ancestral das habilidosas tecedeiras que dedicam muitas horas ao tear, num trabalho que requer muita atenção.
Em tempos, todas as mulheres desta freguesia sabiam tecer e faziam-no em casa, nos seus teares, ora para suprimir as necessidades da família, ora como sustento económico, para vender às “senhoras de Coimbra” ou em feiras da região. Com o aparecimento da indústria têxtil, muito do que se fazia manualmente passou a ser feito em teares mecânicos, fazendo com que a manufatura deixasse de compensar do ponto de vista económico. Mas, fiéis a uma arte que foi passando de geração em geração, algumas das tecedeiras de Almalaguês resistiram e mantiveram-se a trabalhar nos seus teares, numa relação de quase afetividade.
Hoje em dia, vale a pena ir até a esta freguesia do concelho de Coimbra para conhecer e apreciar o trabalho das tecedeiras, fiéis depositárias de uma arte ancestral que teimam em não deixar morrer.